DESISTO


Hoje venho neste poema lhe confessar
Muito tempo sozinho eu já fiquei
E já cansei de inutilmente lhe esperar.

Nisto não existe nenhum ato de impaciência
Apenas palavras que lhe dizem: não posso mais continuar,
Já estou cansado de fazer juras de um amor eterno
Para alguém insensível que nunca pensou em me amar.

Não se surpreenda, mas credite querida
Eu em minha vida nunca fui um impaciente
Prova está no tempo que estou a lhe esperar
Mas chequei hoje a esta imudável conclusão
Não é possível este amor em meu peito prolongar.

Preciso de espaço que me oportunize novas experiências
Onde seja vibrante um querer em desejos mais eficiente.
Tempo demais eu esperei, de sua parte nenhuma certificação.

Estou desistindo, desisto lúcido e consciente
Sei que mais tarde, talvez eu venha
Amargamente a me arrepender
Mas neste exato momento
Resolvi deixar de sofrer.


Elio Moreira- Rio Pardo - Torres -RS OPB