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OS DOIS LADOS DA VIDA É às vezes é fogo, um medo percorre o corpo,
Sensação estranha,
Mas um sentimento que não é de difícil compreensão.
Estar vivo é estar em perigo,
É estar perto de um feio destino.
Perto da morte!
Perto da lógica!
Sair de casa, andar a pé de carro de trem de ônibus,
Às vezes parece uma armadilha,
Um jogo fatal,
Uma partida final,
Um grande pesadelo.
No céu azul estoura um trovão,
Em meio a nuvens brancas de algodão,
Um relâmpago semitransparente,
Um raio artístico.
No chão caminha a multidão,
Um formigueiro desorganizado,
Uma manada desenfreada.
No Viaduto do Chá na Rua Direita,
As pessoas passam raspando umas nas outras.
Olhar rápido, paulistano é obstinado,
Seu futuro é mais pro alto.
É às vezes é fogo,
Às vezes arde o amor por dentro do corpo,
Sensações gostosas, medrosas,
Felicidade quase idiota,
De difícil compreensão.
É, estar vivo, é estar abençoado,
É estar perto de um abraço,
Perto de uma paixão!
Perto da lógica!
Às vezes parece um lindo destino.
Um milagre, um sonho real,
Poder sair de casa,
Andar a pé de carro de trem de ônibus.
No céu azul estoura um trovão,
Em meio á nuvens brancas de algodão,
Um relâmpago semitransparente,
Um raio artístico.
Um efeito especial genial de Deus
Pra chamar a atenção para os mistérios,
Os assuntos lá do céu.
Olhares pensativos e admirados voltam-se resignados.
Raciocina nossa gente,
Nossa gente tem muita fé,
Nossa gente é gente fraterna,
Nossa gente é a melhor gente da terra.
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