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DECLÍNIO NA SATISFAÇÃO NATURAL DECLÍNIO NA SATISFAÇÃO NATURAL
Surpresa no meio do meu caminho,
Profunda depressão sem motivo,
Cérebro em nervoso explícito,
Coração bate aflito, corre perigo,
Insatisfação em qualquer lugar que vou e fico,
Nos braços da mulher desejada,
Ou na cantina de um amigo.
O que será isso?
A falta da vitamina que brinco
Nos fins de semana me deixando bacana,
Com a língua louca na boca
E uma idéia sempre pronta?
Ou apenas uma besteira mental
Que irá passar assim que chegar o carnaval?
Não sei, só sei que estou sentindo
Um enorme declínio na satisfação natural,
Um sentimento de grande tristeza,
Uma angustia dentro da cabeça.
De noite na cama, quase dormindo,
Sinto meu espírito querendo sair do corpo,
Pressionando-me, avisando-me
Que no meio desse inferno ele não viverá mais!
Que está precisando
Passear pelos campos,
Ir a céus e mares purificar-se.
Deixar sem dó, ali, o corpo cadente,
Deitado, morto eternamente.
E voltar depois de encontros inesquecíveis
Com amigos de séculos atrás,
Guardiões e anjos celestiais.
Pra dentro de um pequeno corpo novo,
Que está lúcido e pronto,
Longe daquele outro,
Que desequilibrado e cansado,
Pirado e chapado, morreu ouvindo música
Na cama quente do seu quarto gelado.
Gelado e abandonado dentro da casa vazia.
Vazia e sombria.
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