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Voltando às Origens – Parte 1

“6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gênesis 3.6-12)
Quando se fala simplesmente a palavra “pecado” a grande maioria das pessoas trava, e dificilmente se disporá a ouvir tudo o que será falado depois, porque é comum se relacionar esta palavra a um conceito antigo, ultrapassado, anacrônico, medieval, que serviu apenas para encher a humanidade de terror e culpa em séculos passados.
O espaço que tinham senhores feudais e clérigos antes da Renascença, para conduzir e aterrorizar a mentalidade das massas, já não existe, porque a humanidade ganhou paulatinamente liberdade de pensamento e capacidade autocrítica para formar por si mesma uma noção relativa à verdade, não mais pelo auxílio de dogmas e regras, mas sobretudo pelo que é provido pela ciência e tecnologia.
Saindo de um tipo de cativeiro, caiu em outro, pois a questão básica permanece quanto ao que seja de fato bom, correto, verdadeiro, no que se refere ao comportamento que é esperado da humanidade, pois a resposta não pode ser achada nem em dogmas religiosos, nem na ciência.
Acrescente-se a isto que sempre houve e haverá formadores de opinião que conduzem as massas de acordo com a conveniência deles, especialmente através da mídia, em nossos dias.
Sem que nos debrucemos nos diversos períodos da história, quanto ao modo de pensar em geral, devemos enfatizar principalmente o que sucede agora, com o modo de pensar pós-moderno, que em grande parte pouco interesse tem em investigar a verdade ontológica, ou seja a relativa ao ser, sobretudo no que tange à nossa origem e destino, e o tipo de comportamento moral que seria mais conveniente para a humanidade.
Também, seria de pouca ou nenhuma ajuda para uma compreensão correta ontológica, elaborar listas de coisas permitidas, e não permitidas porque ainda permanece o pressuposto básico do modo da execução por parte de seus agentes, que na fonte deve ser também correto e aprovado, em outras palavras, os impulsos e os motivos devem também ser pesados na execução dos pensamentos e ações, ou nas omissões.
Se o exercício adequado da legislatura tem auxiliado a sociedade a manter alguma ordenação lógica para o prosseguimento e manutenção da vida, pela punição dos malfeitores e sua exclusão do convívio social, todavia, isto não responde à questão imanente do ser relativa à fonte do mal em sua origem ou raiz, com vistas à sua eliminação.
Esta é uma época em que se fala muito em se combater a corrupção, especialmente na esfera do poder público. Muitos pensam ingenuamente que é possível acabar com a corrupção pela via de adoção do regime político ideal. Falamos ingenuamente porque isto não se remove por voto e nem por legislação, pois é um mal que está arraigado ao coração humano, e não pode ser daí removido por decreto.
Não padece dúvida de que deve haver um julgamento moral aprovado para tudo o que sentimos, fazemos, ou deixamos de fazer, porque é notório que isto tem um reflexo bom ou ruim sobre nós mesmos, ou sobre outros.
Importa então, um retorno às origens, não somente para descobrir a causa de tudo o que se vive agora, bem como para analisarmos se haveria um caminho de volta ao princípio de tudo, quando temos o testemunho de que tudo era bom, muito excelente, sem qualquer sombra de mal, conforme o testemunho dado pelo próprio Deus sobre tudo o que fizera na criação original.
“19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,
20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
21 ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.” (Atos 3.19-21).
“9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.
11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” (Hebreus 9.9-12).
O texto bíblico que destacamos na abertura responde em grande parte quanto ao que aconteceu conosco, quando nossa alma entrou em um estado ruim, contrário ao que é excelente e correspondente à vontade de Deus, nosso Criador, estado ruim este que a Bíblia chama simplesmente pela palavra pecado.
Observe que o primeiro casal sentiu-se envergonhado de estar nu, quando o pecado entrou em seus corações, para ali permanecer para sempre, bem como em todos os seus descendentes.
Não havia qualquer vergonha antes de terem desobedecido a Deus e terem sido separados da união espiritual perfeita que tinham até então com ele, formando um só espírito, quando tudo o que desejavam e faziam era segundo o coração do próprio Deus.
Eles se cobriram com folhas de figueira, porque um sentimento estranho a eles havia invadido suas mentes, despertando desejos lascivos que não conheciam antes. A visão de seus corpos nus despertava desejos lascivos e impuros, de posse simplesmente do corpo do outro para satisfação unilateral dos prazeres impuros que desejavam obter.
Antes o homem olhava para a mulher como uma pessoa amada, e era com uma pessoa que era conduzido a ter com ela relações íntimas, e vice-versa. Mas agora havia um impulso diferente. Ele via parte do corpo e não mais a pessoa amada. Ele desejava as partes íntimas para descarregar sua lascívia. Isto lhe trouxe uma acusação à consciência, porque não havia paz naquilo, não havia autoaprovação, ele mesmo se condenava pelo que sentia, e assim procurou cobrir a genitália para que livrando-se da visão imediata, pudesse ficar livre do desejo lascivo.
Deve ter sido surpreendente para ele que mesmo coberto com folhas de figueira, o problema não foi resolvido completamente, porque havia um desejo remanescente lascivo em sua imaginação, e ele se sentiu presa destes sentimentos, não podendo se sentir puro e aprovado em seu coração.
A consciência do homem, não estando ainda cauterizada, acendeu todas as luzes vermelhas e alertou-o quanto à sua presente condição.
Sua alma estava em uma condição ruim, e nesta condição, sentia um desejo de se esconder de Deus, de se afastar dele, porque se sentia incompatível para estar na sua santa presença, que ele bem conhecia, como sendo completamente pura luz, e sem treva alguma.
As trevas estavam nele e como poderia se aproximar da luz, que logo as revelariam aos olhos santos do Altíssimo?
Ele não buscaria a Deus, mas este o buscou, e proveu para ele e sua mulher, algo que vestes superficiais não poderiam resolver, ou seja, tratar do estado ruim da alma, do pecado, e isto somente poderia ser feito por um sacrifício que fosse oferecido para remover a culpa deles e trazê-los de volta à condição de alma que é aprovada pelo Senhor.
“Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3.21).
Animais foram mortos para que uma cobertura de justiça fosse provida para ambos, cobertura esta que tipificava a que seria feita pelo sacrifício de Jesus, cujos benefícios foram antecipados para alcançá-los.
Eles deveriam crer simplesmente que o que Deus fizera seria suficiente para trazê-los de volta à comunhão que havia sido perdida, e para a restauração do estado de suas almas para aquela mesma santidade que havia neles no princípio.
A cura proposta por Deus é tão simples e perfeita em seus efeitos, mas ainda assim, muitos desconfiam de sua eficácia e verdade.
Todavia, todos os que a têm experimentado sabem muito bem, por experiência própria, que não há outro remédio para o tratamento do mal do pecado.
Se não for por este auxílio da graça divina, do poder do Espírito Santo, restaurando a alma, quem seria capaz de atender, por exemplo, à ordenança divina exarada em I Tessalonicenses 4.
“1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;
2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
8 Desta forma, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.”
Veja que no verso 6 se destaca que Deus é o vingador daqueles que sofreram abusos por parte de seus cônjuges nesta área relativa ao sexo, quanto a terem lhes submetido às suas luxúrias.
E quanto a todas as demais obras da carne, entre as quais se nomeia a própria lascívia?
“19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5.19-21).
“Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.” (2 Coríntios 12.21).
Vemos por esta citação do apóstolo quão seriamente deve ser considerado especialmente o pecado que é relativo à área sexual, definido como impureza, prostituição e lascívia, e não apenas como é comum se pensar que entre heterossexuais, tudo seja permitido em suas práticas e desejos, pois se estiver presente este quadro de impureza, prostituição e lascívia, tudo é condenado em sua própria origem, revelando que a alma não está em um estado bom, sob o governo da santidade em amor pelo cônjuge.
A chamada revolução da liberdade sexual iniciada na década de 60 do século passado, foi portanto, uma revolução para o aumento da prisão no pecado sexual.
Não basta que o sexo esteja restrito ao casamento, mas também que seja santo aos olhos do Senhor, mas nunca haverá este sexo santo, onde falte um comportamento santo em todas as áreas por parte dos cônjuges.
O amor pelo outro, e não a cobiça por partes do corpo do outro, deve ser resgatado, como era no princípio antes da queda no pecado pelo primeiro casal.
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4).
Por esta consideração inicial pela área em que o pecado mais revela seus efeitos maléficos, podemos nos estender um pouco mais pela consideração geral de tudo o mais, a partir de uma análise dos processos de consciência nele envolvidos.
Nós podemos entender o mais pelo menos. Pela parte podemos inferir o todo, porque a causa, no caso, é comum, a saber, o pecado.
Não é coisa fácil, simples, fazer uma análise devida do que seja o pecado, e o modo de vencê-lo, pois há necessidade de iluminação espiritual, de concessão de graça e poder da parte do Senhor para nós, para que possamos fazê-lo.
Por planejamento, por obras, por verdade, Deus preordenou que todo aquele que viesse a viver em comunhão eterna em santidade com ele deveria estar unido vitalmente a Jesus Cristo. De modo que antes mesmo da entrada do pecado no mundo, o homem somente poderia permanecer em santidade caso permanecesse ligado a Cristo .
Tendo uma vez pecado, o trabalho a ser feito para o caminho de volta deve ser necessariamente ligado a Jesus Cristo, que foi dado por Deus como cabeça a todo ser moral que viverá em santidade perante ele.
Tudo está ligado a Jesus. Tudo pode viver e subsistir somente nele. Ele é a vida, o caminho e a verdade.
Não importa o que digam os muçulmanos, os budistas, os católicos, e nem mesmo os protestantes, porque se o que for pregado e ensinado não apontar para Jesus como causa e consequência de toda a nossa vida espiritual, vã será a nossa religião, e o tempo o comprovará, se não neste mundo, no dia do juízo final, quando todos comparecerão diante do Seu tribunal.
Se Israel tem rejeitado a Jesus como o Messias, por séculos seguidos, conforme está profetizado a respeito deles, como fariam, isto não altera um só milímetro na verdade de que Ele e nenhum outro é ou será o Messias prometido nas Escrituras, porque em nenhum outro podemos achar a vida renovada e santificada que podemos achar somente nele, mediante o Seu poder de sujeitar a si todas as coisas.
Deus rejeitou até mesmo o testemunho de seu próprio povo escolhido formado a partir da descendência natural de Abraão, Isaque e Jacó, para que demonstre de forma bastante clara e efetiva que não é pelo testemunho de qualquer homem que se chega a conhecer que Jesus é o Senhor. É o próprio Deus que dá testemunho no coração dos que creem, a respeito de Seu Filho Unigênito, através do Espírito Santo, de que pela fé em Jesus foram feitos filhos de Deus.
Somente aqueles que nele creem, e que são chamados e atraídos por Deus para tal propósito, podem também juntar seu testemunho ao que é dado pelo Espírito Santo em seus corações, que Jesus é de fato o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que é Senhor sobre o povo que Deus tem formado através dos séculos, para ser um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.
Tanto isto é verdadeiro, que o próprio Jesus afirma nas Escrituras que aqueles que não recebem o testemunho que é dado acerca dele por aqueles que nele creem, serão condenados, uma vez que tal testemunho é a verdade.
Voltando às Origens – Parte 1

“6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gênesis 3.6-12)
Quando se fala simplesmente a palavra “pecado” a grande maioria das pessoas trava, e dificilmente se disporá a ouvir tudo o que será falado depois, porque é comum se relacionar esta palavra a um conceito antigo, ultrapassado, anacrônico, medieval, que serviu apenas para encher a humanidade de terror e culpa em séculos passados.
O espaço que tinham senhores feudais e clérigos antes da Renascença, para conduzir e aterrorizar a mentalidade das massas, já não existe, porque a humanidade ganhou paulatinamente liberdade de pensamento e capacidade autocrítica para formar por si mesma uma noção relativa à verdade, não mais pelo auxílio de dogmas e regras, mas sobretudo pelo que é provido pela ciência e tecnologia.
Saindo de um tipo de cativeiro, caiu em outro, pois a questão básica permanece quanto ao que seja de fato bom, correto, verdadeiro, no que se refere ao comportamento que é esperado da humanidade, pois a resposta não pode ser achada nem em dogmas religiosos, nem na ciência.
Acrescente-se a isto que sempre houve e haverá formadores de opinião que conduzem as massas de acordo com a conveniência deles, especialmente através da mídia, em nossos dias.
Sem que nos debrucemos nos diversos períodos da história, quanto ao modo de pensar em geral, devemos enfatizar principalmente o que sucede agora, com o modo de pensar pós-moderno, que em grande parte pouco interesse tem em investigar a verdade ontológica, ou seja a relativa ao ser, sobretudo no que tange à nossa origem e destino, e o tipo de comportamento moral que seria mais conveniente para a humanidade.
Também, seria de pouca ou nenhuma ajuda para uma compreensão correta ontológica, elaborar listas de coisas permitidas, e não permitidas porque ainda permanece o pressuposto básico do modo da execução por parte de seus agentes, que na fonte deve ser também correto e aprovado, em outras palavras, os impulsos e os motivos devem também ser pesados na execução dos pensamentos e ações, ou nas omissões.
Se o exercício adequado da legislatura tem auxiliado a sociedade a manter alguma ordenação lógica para o prosseguimento e manutenção da vida, pela punição dos malfeitores e sua exclusão do convívio social, todavia, isto não responde à questão imanente do ser relativa à fonte do mal em sua origem ou raiz, com vistas à sua eliminação.
Esta é uma época em que se fala muito em se combater a corrupção, especialmente na esfera do poder público. Muitos pensam ingenuamente que é possível acabar com a corrupção pela via de adoção do regime político ideal. Falamos ingenuamente porque isto não se remove por voto e nem por legislação, pois é um mal que está arraigado ao coração humano, e não pode ser daí removido por decreto.
Não padece dúvida de que deve haver um julgamento moral aprovado para tudo o que sentimos, fazemos, ou deixamos de fazer, porque é notório que isto tem um reflexo bom ou ruim sobre nós mesmos, ou sobre outros.
Importa então, um retorno às origens, não somente para descobrir a causa de tudo o que se vive agora, bem como para analisarmos se haveria um caminho de volta ao princípio de tudo, quando temos o testemunho de que tudo era bom, muito excelente, sem qualquer sombra de mal, conforme o testemunho dado pelo próprio Deus sobre tudo o que fizera na criação original.
“19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,
20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
21 ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.” (Atos 3.19-21).
“9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.
11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” (Hebreus 9.9-12).
O texto bíblico que destacamos na abertura responde em grande parte quanto ao que aconteceu conosco, quando nossa alma entrou em um estado ruim, contrário ao que é excelente e correspondente à vontade de Deus, nosso Criador, estado ruim este que a Bíblia chama simplesmente pela palavra pecado.
Observe que o primeiro casal sentiu-se envergonhado de estar nu, quando o pecado entrou em seus corações, para ali permanecer para sempre, bem como em todos os seus descendentes.
Não havia qualquer vergonha antes de terem desobedecido a Deus e terem sido separados da união espiritual perfeita que tinham até então com ele, formando um só espírito, quando tudo o que desejavam e faziam era segundo o coração do próprio Deus.
Eles se cobriram com folhas de figueira, porque um sentimento estranho a eles havia invadido suas mentes, despertando desejos lascivos que não conheciam antes. A visão de seus corpos nus despertava desejos lascivos e impuros, de posse simplesmente do corpo do outro para satisfação unilateral dos prazeres impuros que desejavam obter.
Antes o homem olhava para a mulher como uma pessoa amada, e era com uma pessoa que era conduzido a ter com ela relações íntimas, e vice-versa. Mas agora havia um impulso diferente. Ele via parte do corpo e não mais a pessoa amada. Ele desejava as partes íntimas para descarregar sua lascívia. Isto lhe trouxe uma acusação à consciência, porque não havia paz naquilo, não havia autoaprovação, ele mesmo se condenava pelo que sentia, e assim procurou cobrir a genitália para que livrando-se da visão imediata, pudesse ficar livre do desejo lascivo.
Deve ter sido surpreendente para ele que mesmo coberto com folhas de figueira, o problema não foi resolvido completamente, porque havia um desejo remanescente lascivo em sua imaginação, e ele se sentiu presa destes sentimentos, não podendo se sentir puro e aprovado em seu coração.
A consciência do homem, não estando ainda cauterizada, acendeu todas as luzes vermelhas e alertou-o quanto à sua presente condição.
Sua alma estava em uma condição ruim, e nesta condição, sentia um desejo de se esconder de Deus, de se afastar dele, porque se sentia incompatível para estar na sua santa presença, que ele bem conhecia, como sendo completamente pura luz, e sem treva alguma.
As trevas estavam nele e como poderia se aproximar da luz, que logo as revelariam aos olhos santos do Altíssimo?
Ele não buscaria a Deus, mas este o buscou, e proveu para ele e sua mulher, algo que vestes superficiais não poderiam resolver, ou seja, tratar do estado ruim da alma, do pecado, e isto somente poderia ser feito por um sacrifício que fosse oferecido para remover a culpa deles e trazê-los de volta à condição de alma que é aprovada pelo Senhor.
“Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3.21).
Animais foram mortos para que uma cobertura de justiça fosse provida para ambos, cobertura esta que tipificava a que seria feita pelo sacrifício de Jesus, cujos benefícios foram antecipados para alcançá-los.
Eles deveriam crer simplesmente que o que Deus fizera seria suficiente para trazê-los de volta à comunhão que havia sido perdida, e para a restauração do estado de suas almas para aquela mesma santidade que havia neles no princípio.
A cura proposta por Deus é tão simples e perfeita em seus efeitos, mas ainda assim, muitos desconfiam de sua eficácia e verdade.
Todavia, todos os que a têm experimentado sabem muito bem, por experiência própria, que não há outro remédio para o tratamento do mal do pecado.
Se não for por este auxílio da graça divina, do poder do Espírito Santo, restaurando a alma, quem seria capaz de atender, por exemplo, à ordenança divina exarada em I Tessalonicenses 4.
“1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;
2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
8 Desta forma, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.”
Veja que no verso 6 se destaca que Deus é o vingador daqueles que sofreram abusos por parte de seus cônjuges nesta área relativa ao sexo, quanto a terem lhes submetido às suas luxúrias.
E quanto a todas as demais obras da carne, entre as quais se nomeia a própria lascívia?
“19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5.19-21).
“Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.” (2 Coríntios 12.21).
Vemos por esta citação do apóstolo quão seriamente deve ser considerado especialmente o pecado que é relativo à área sexual, definido como impureza, prostituição e lascívia, e não apenas como é comum se pensar que entre heterossexuais, tudo seja permitido em suas práticas e desejos, pois se estiver presente este quadro de impureza, prostituição e lascívia, tudo é condenado em sua própria origem, revelando que a alma não está em um estado bom, sob o governo da santidade em amor pelo cônjuge.
A chamada revolução da liberdade sexual iniciada na década de 60 do século passado, foi portanto, uma revolução para o aumento da prisão no pecado sexual.
Não basta que o sexo esteja restrito ao casamento, mas também que seja santo aos olhos do Senhor, mas nunca haverá este sexo santo, onde falte um comportamento santo em todas as áreas por parte dos cônjuges.
O amor pelo outro, e não a cobiça por partes do corpo do outro, deve ser resgatado, como era no princípio antes da queda no pecado pelo primeiro casal.
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4).
Por esta consideração inicial pela área em que o pecado mais revela seus efeitos maléficos, podemos nos estender um pouco mais pela consideração geral de tudo o mais, a partir de uma análise dos processos de consciência nele envolvidos.
Nós podemos entender o mais pelo menos. Pela parte podemos inferir o todo, porque a causa, no caso, é comum, a saber, o pecado.
Não é coisa fácil, simples, fazer uma análise devida do que seja o pecado, e o modo de vencê-lo, pois há necessidade de iluminação espiritual, de concessão de graça e poder da parte do Senhor para nós, para que possamos fazê-lo.
Por planejamento, por obras, por verdade, Deus preordenou que todo aquele que viesse a viver em comunhão eterna em santidade com ele deveria estar unido vitalmente a Jesus Cristo. De modo que antes mesmo da entrada do pecado no mundo, o homem somente poderia permanecer em santidade caso permanecesse ligado a Cristo .
Tendo uma vez pecado, o trabalho a ser feito para o caminho de volta deve ser necessariamente ligado a Jesus Cristo, que foi dado por Deus como cabeça a todo ser moral que viverá em santidade perante ele.
Tudo está ligado a Jesus. Tudo pode viver e subsistir somente nele. Ele é a vida, o caminho e a verdade.
Não importa o que digam os muçulmanos, os budistas, os católicos, e nem mesmo os protestantes, porque se o que for pregado e ensinado não apontar para Jesus como causa e consequência de toda a nossa vida espiritual, vã será a nossa religião, e o tempo o comprovará, se não neste mundo, no dia do juízo final, quando todos comparecerão diante do Seu tribunal.
Se Israel tem rejeitado a Jesus como o Messias, por séculos seguidos, conforme está profetizado a respeito deles, como fariam, isto não altera um só milímetro na verdade de que Ele e nenhum outro é ou será o Messias prometido nas Escrituras, porque em nenhum outro podemos achar a vida renovada e santificada que podemos achar somente nele, mediante o Seu poder de sujeitar a si todas as coisas.
Deus rejeitou até mesmo o testemunho de seu próprio povo escolhido formado a partir da descendência natural de Abraão, Isaque e Jacó, para que demonstre de forma bastante clara e efetiva que não é pelo testemunho de qualquer homem que se chega a conhecer que Jesus é o Senhor. É o próprio Deus que dá testemunho no coração dos que creem, a respeito de Seu Filho Unigênito, através do Espírito Santo, de que pela fé em Jesus foram feitos filhos de Deus.
Somente aqueles que nele creem, e que são chamados e atraídos por Deus para tal propósito, podem também juntar seu testemunho ao que é dado pelo Espírito Santo em seus corações, que Jesus é de fato o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que é Senhor sobre o povo que Deus tem formado através dos séculos, para ser um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.
Tanto isto é verdadeiro, que o próprio Jesus afirma nas Escrituras que aqueles que não recebem o testemunho que é dado acerca dele por aqueles que nele creem, serão condenados, uma vez que tal testemunho é a verdade.
Voltando às Origens – Parte 1

“6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gênesis 3.6-12)
Quando se fala simplesmente a palavra “pecado” a grande maioria das pessoas trava, e dificilmente se disporá a ouvir tudo o que será falado depois, porque é comum se relacionar esta palavra a um conceito antigo, ultrapassado, anacrônico, medieval, que serviu apenas para encher a humanidade de terror e culpa em séculos passados.
O espaço que tinham senhores feudais e clérigos antes da Renascença, para conduzir e aterrorizar a mentalidade das massas, já não existe, porque a humanidade ganhou paulatinamente liberdade de pensamento e capacidade autocrítica para formar por si mesma uma noção relativa à verdade, não mais pelo auxílio de dogmas e regras, mas sobretudo pelo que é provido pela ciência e tecnologia.
Saindo de um tipo de cativeiro, caiu em outro, pois a questão básica permanece quanto ao que seja de fato bom, correto, verdadeiro, no que se refere ao comportamento que é esperado da humanidade, pois a resposta não pode ser achada nem em dogmas religiosos, nem na ciência.
Acrescente-se a isto que sempre houve e haverá formadores de opinião que conduzem as massas de acordo com a conveniência deles, especialmente através da mídia, em nossos dias.
Sem que nos debrucemos nos diversos períodos da história, quanto ao modo de pensar em geral, devemos enfatizar principalmente o que sucede agora, com o modo de pensar pós-moderno, que em grande parte pouco interesse tem em investigar a verdade ontológica, ou seja a relativa ao ser, sobretudo no que tange à nossa origem e destino, e o tipo de comportamento moral que seria mais conveniente para a humanidade.
Também, seria de pouca ou nenhuma ajuda para uma compreensão correta ontológica, elaborar listas de coisas permitidas, e não permitidas porque ainda permanece o pressuposto básico do modo da execução por parte de seus agentes, que na fonte deve ser também correto e aprovado, em outras palavras, os impulsos e os motivos devem também ser pesados na execução dos pensamentos e ações, ou nas omissões.
Se o exercício adequado da legislatura tem auxiliado a sociedade a manter alguma ordenação lógica para o prosseguimento e manutenção da vida, pela punição dos malfeitores e sua exclusão do convívio social, todavia, isto não responde à questão imanente do ser relativa à fonte do mal em sua origem ou raiz, com vistas à sua eliminação.
Esta é uma época em que se fala muito em se combater a corrupção, especialmente na esfera do poder público. Muitos pensam ingenuamente que é possível acabar com a corrupção pela via de adoção do regime político ideal. Falamos ingenuamente porque isto não se remove por voto e nem por legislação, pois é um mal que está arraigado ao coração humano, e não pode ser daí removido por decreto.
Não padece dúvida de que deve haver um julgamento moral aprovado para tudo o que sentimos, fazemos, ou deixamos de fazer, porque é notório que isto tem um reflexo bom ou ruim sobre nós mesmos, ou sobre outros.
Importa então, um retorno às origens, não somente para descobrir a causa de tudo o que se vive agora, bem como para analisarmos se haveria um caminho de volta ao princípio de tudo, quando temos o testemunho de que tudo era bom, muito excelente, sem qualquer sombra de mal, conforme o testemunho dado pelo próprio Deus sobre tudo o que fizera na criação original.
“19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,
20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
21 ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.” (Atos 3.19-21).
“9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.
11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” (Hebreus 9.9-12).
O texto bíblico que destacamos na abertura responde em grande parte quanto ao que aconteceu conosco, quando nossa alma entrou em um estado ruim, contrário ao que é excelente e correspondente à vontade de Deus, nosso Criador, estado ruim este que a Bíblia chama simplesmente pela palavra pecado.
Observe que o primeiro casal sentiu-se envergonhado de estar nu, quando o pecado entrou em seus corações, para ali permanecer para sempre, bem como em todos os seus descendentes.
Não havia qualquer vergonha antes de terem desobedecido a Deus e terem sido separados da união espiritual perfeita que tinham até então com ele, formando um só espírito, quando tudo o que desejavam e faziam era segundo o coração do próprio Deus.
Eles se cobriram com folhas de figueira, porque um sentimento estranho a eles havia invadido suas mentes, despertando desejos lascivos que não conheciam antes. A visão de seus corpos nus despertava desejos lascivos e impuros, de posse simplesmente do corpo do outro para satisfação unilateral dos prazeres impuros que desejavam obter.
Antes o homem olhava para a mulher como uma pessoa amada, e era com uma pessoa que era conduzido a ter com ela relações íntimas, e vice-versa. Mas agora havia um impulso diferente. Ele via parte do corpo e não mais a pessoa amada. Ele desejava as partes íntimas para descarregar sua lascívia. Isto lhe trouxe uma acusação à consciência, porque não havia paz naquilo, não havia autoaprovação, ele mesmo se condenava pelo que sentia, e assim procurou cobrir a genitália para que livrando-se da visão imediata, pudesse ficar livre do desejo lascivo.
Deve ter sido surpreendente para ele que mesmo coberto com folhas de figueira, o problema não foi resolvido completamente, porque havia um desejo remanescente lascivo em sua imaginação, e ele se sentiu presa destes sentimentos, não podendo se sentir puro e aprovado em seu coração.
A consciência do homem, não estando ainda cauterizada, acendeu todas as luzes vermelhas e alertou-o quanto à sua presente condição.
Sua alma estava em uma condição ruim, e nesta condição, sentia um desejo de se esconder de Deus, de se afastar dele, porque se sentia incompatível para estar na sua santa presença, que ele bem conhecia, como sendo completamente pura luz, e sem treva alguma.
As trevas estavam nele e como poderia se aproximar da luz, que logo as revelariam aos olhos santos do Altíssimo?
Ele não buscaria a Deus, mas este o buscou, e proveu para ele e sua mulher, algo que vestes superficiais não poderiam resolver, ou seja, tratar do estado ruim da alma, do pecado, e isto somente poderia ser feito por um sacrifício que fosse oferecido para remover a culpa deles e trazê-los de volta à condição de alma que é aprovada pelo Senhor.
“Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3.21).
Animais foram mortos para que uma cobertura de justiça fosse provida para ambos, cobertura esta que tipificava a que seria feita pelo sacrifício de Jesus, cujos benefícios foram antecipados para alcançá-los.
Eles deveriam crer simplesmente que o que Deus fizera seria suficiente para trazê-los de volta à comunhão que havia sido perdida, e para a restauração do estado de suas almas para aquela mesma santidade que havia neles no princípio.
A cura proposta por Deus é tão simples e perfeita em seus efeitos, mas ainda assim, muitos desconfiam de sua eficácia e verdade.
Todavia, todos os que a têm experimentado sabem muito bem, por experiência própria, que não há outro remédio para o tratamento do mal do pecado.
Se não for por este auxílio da graça divina, do poder do Espírito Santo, restaurando a alma, quem seria capaz de atender, por exemplo, à ordenança divina exarada em I Tessalonicenses 4.
“1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;
2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
8 Desta forma, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.”
Veja que no verso 6 se destaca que Deus é o vingador daqueles que sofreram abusos por parte de seus cônjuges nesta área relativa ao sexo, quanto a terem lhes submetido às suas luxúrias.
E quanto a todas as demais obras da carne, entre as quais se nomeia a própria lascívia?
“19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5.19-21).
“Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.” (2 Coríntios 12.21).
Vemos por esta citação do apóstolo quão seriamente deve ser considerado especialmente o pecado que é relativo à área sexual, definido como impureza, prostituição e lascívia, e não apenas como é comum se pensar que entre heterossexuais, tudo seja permitido em suas práticas e desejos, pois se estiver presente este quadro de impureza, prostituição e lascívia, tudo é condenado em sua própria origem, revelando que a alma não está em um estado bom, sob o governo da santidade em amor pelo cônjuge.
A chamada revolução da liberdade sexual iniciada na década de 60 do século passado, foi portanto, uma revolução para o aumento da prisão no pecado sexual.
Não basta que o sexo esteja restrito ao casamento, mas também que seja santo aos olhos do Senhor, mas nunca haverá este sexo santo, onde falte um comportamento santo em todas as áreas por parte dos cônjuges.
O amor pelo outro, e não a cobiça por partes do corpo do outro, deve ser resgatado, como era no princípio antes da queda no pecado pelo primeiro casal.
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4).
Por esta consideração inicial pela área em que o pecado mais revela seus efeitos maléficos, podemos nos estender um pouco mais pela consideração geral de tudo o mais, a partir de uma análise dos processos de consciência nele envolvidos.
Nós podemos entender o mais pelo menos. Pela parte podemos inferir o todo, porque a causa, no caso, é comum, a saber, o pecado.
Não é coisa fácil, simples, fazer uma análise devida do que seja o pecado, e o modo de vencê-lo, pois há necessidade de iluminação espiritual, de concessão de graça e poder da parte do Senhor para nós, para que possamos fazê-lo.
Por planejamento, por obras, por verdade, Deus preordenou que todo aquele que viesse a viver em comunhão eterna em santidade com ele deveria estar unido vitalmente a Jesus Cristo. De modo que antes mesmo da entrada do pecado no mundo, o homem somente poderia permanecer em santidade caso permanecesse ligado a Cristo .
Tendo uma vez pecado, o trabalho a ser feito para o caminho de volta deve ser necessariamente ligado a Jesus Cristo, que foi dado por Deus como cabeça a todo ser moral que viverá em santidade perante ele.
Tudo está ligado a Jesus. Tudo pode viver e subsistir somente nele. Ele é a vida, o caminho e a verdade.
Não importa o que digam os muçulmanos, os budistas, os católicos, e nem mesmo os protestantes, porque se o que for pregado e ensinado não apontar para Jesus como causa e consequência de toda a nossa vida espiritual, vã será a nossa religião, e o tempo o comprovará, se não neste mundo, no dia do juízo final, quando todos comparecerão diante do Seu tribunal.
Se Israel tem rejeitado a Jesus como o Messias, por séculos seguidos, conforme está profetizado a respeito deles, como fariam, isto não altera um só milímetro na verdade de que Ele e nenhum outro é ou será o Messias prometido nas Escrituras, porque em nenhum outro podemos achar a vida renovada e santificada que podemos achar somente nele, mediante o Seu poder de sujeitar a si todas as coisas.
Deus rejeitou até mesmo o testemunho de seu próprio povo escolhido formado a partir da descendência natural de Abraão, Isaque e Jacó, para que demonstre de forma bastante clara e efetiva que não é pelo testemunho de qualquer homem que se chega a conhecer que Jesus é o Senhor. É o próprio Deus que dá testemunho no coração dos que creem, a respeito de Seu Filho Unigênito, através do Espírito Santo, de que pela fé em Jesus foram feitos filhos de Deus.
Somente aqueles que nele creem, e que são chamados e atraídos por Deus para tal propósito, podem também juntar seu testemunho ao que é dado pelo Espírito Santo em seus corações, que Jesus é de fato o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que é Senhor sobre o povo que Deus tem formado através dos séculos, para ser um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.
Tanto isto é verdadeiro, que o próprio Jesus afirma nas Escrituras que aqueles que não recebem o testemunho que é dado acerca dele por aqueles que nele creem, serão condenados, uma vez que tal testemunho é a verdade.

 
   
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