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Santos Poema do livro "Ao Fio da Rima"
Homenagem a Santos
Para sempre minha querida... meu querido Santos
Não sei como dizê-lo, mas tanto faz!
Eu a amo, ou eu o amo, também não me importa.
Eu não sou nato da terra, te vi, ao descer a serra, entre belos manacás
Senti o peito ferido, na estocada do cupido me atraindo para cá
Sei que somos diferentes, tu és terra e eu sou gente, mineral e animal
Mas a essência é uma só, e juntos seremos pó, num eternizar passional.
Deixei-te um dia querida, por outras luzes, outros cais, mas quê!
Sempre ao ver um sol dourado, me quedava amofinado com saudades de você.
Voltei, pra não sair nunca mais,
Pra banhar-me no suor do vosso cais,
Secar-me em cálidas areias, e suspirar vossos ais.
Mesmo quando eu morrer, contigo vou sempre estar
Serei seu solo arenoso, banhado pelo seu mar
Minha alma sublimada, no doce sol da manhã
Terá uma vida singela, entre as flores mais belas, dos frondosos flamboyants.
Para sempre minha querida... meu querido... que importa!
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