BELA NATUREZA TRISTE
E lá vem os homens com seus uniformes de plantações,
Com brasões que se abrem na primavera.
Escutam-se hinos e mais hinos com coro de passarinhos,
Transformando o planalto num imenso jardim.
A bandinha continua a tocar,
Num coreto qualquer,
Construído com folhas de laranjeiras,
Nas ruas se anuncia o espetáculo colossal.
Sobem as samambaias cobertas de estrelas ao som de um hino do passarinho.
Vamos a nossa parada anual,
Chegou a natureza, com seus pássaros e pássaros sobrevoando a cidade,
Não existe mais o medo do terror que Edgar Allan Poe nos trouxe.
Pombos correios são lançados no ar,
Destinados a levar esperanças às pessoas,
Afinal, este é o ano, da ordem e do progresso.
Os batalhões cuidam do jardim abrindo uma floricultura.
Flores, flores para todos,
Não existem mais as guerras,
Violência nem pensar,
Não precisamos mais da era nuclear,
Nem bater no inimigo com um cabo de espinhos.
Ao nosso comandante, pétalas de rosas
Perfumamos à paz.
Nossas caminham exalam jasmim,
Nunca ninguém foi proibido de sonhar.
Finalmente tudo se modificou.
Será?
Enfim, o milagre aconteceu e os homens se transformaram em árvores.
Mas seus frutos,
São balas de um canhão da época passada.