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Devora-me ou te mato! Quando sais do banho enrolado na toalha felpuda não resisto
Logo me surge o calor nas entranhas e ferve minha intimidade
Olho-te com languidez e recebo um sorriso maroto, aí eu insisto
Quero mais que um beijo incandescente, quero tua grandiosidade
Então nos agarramos, nos beijamos, queremos nos devorar agora
A cama macia e perfumada pelo amor anterior nos recebe em abraço
Súbito, paramos, nossos olhares em chamas se encontram, o amor vigora
E fico a te olhar, um olhar doce e encantado, que alisa esse peito de aço
Delicado, como se não quisesse despedaçar-me, vem, penetra-me meu varão
És homem que me faz gemer sem sentir dor, porque de ti sinto é muito amor
Continuas a fervilhar-me por dentro e por fora, vai, devora-me meu tesão
Quero gritar para a matilha de lobas que és meu macho, sem qualquer temor
O sangue pulsa vulcanicamente em nossos corpos suados e não há saída
Devora-me com todas as tuas forças, lobo ensandecido por meu coração
Quero viver meu grande amor contigo, pois somente tenho uma única vida
E se não vivê-la intensamente em teus braços o que me restará de emoção?
Robert Thomaz
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