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Amar é viver delírios poéticos Delírios poéticos fazem parte da natureza de qualquer poeta, homem ou mulher. É um estado de anormalidade no qual ele cria doces, insinuantes e maravilhosas poesias. Durante esses estados de “alucinação” em que escreve belezas d’alma, sente-se distante de qualquer um de seus princípios e das premissas sociais. Para ele, neste momento mágico, não existe lei ou justiça que o impeça de palmilhar os recantos da imaginação e extrair-lhes seus mistérios e magias. É ser liberto e estigmatizado pela libertinagem, não se sentido envergonhado ou indigno da apreciação alheia.
E para viver esses estados alucinantes é necessário que entregue seu coração ao maior e mais poderoso dos sentimentos que se enredam na complexidade do coração. Ele deve amar, amar profundamente. Ser rejeitado, humilhado ou açoitado pela alma feminina ou masculina que ama, contudo não lhe aceita, não é fato desonrante, mas sim ação forjadora do diletante.
Amar é delirar, é entregar-se à luta por um coração muitas vezes bandido, cruel. E neste lutar, as agruras dessa batalha tornam-no digno do amor que acolhe seu coração inquieto.
A dor da separação nos aflige, parece fogo e alucinação
Somos dominados por uma agonia inenarrável
Perder aquilo que tínhamos como maravilhoso e agradável
É mergulhar nas cinzas da ruína e sofrer muito no coração
Não permita que essa dor fora de você lhe cause agressão
Acredite que és forte, e que somente uma mente renovável
Pode e poderá superar essa tempestade detestável
Lute muito dentro e fora de você e vencerá sem rendição
O amor não é único como você que é ser grandioso
Ele pode te fazer sonhar, mas também levar ao delírio
É algo que nasce de modo inexplicável e fervoroso
Amar é algo difícil de entender, às vezes um martírio
Sentimento que nos leva às alturas, quando orgasmo
Natureza abstrata que às vezes nos é ingrata
Levando-nos do alto ao poço, de maneira insensata
Amar é desejo, é paixão, é prazer em espasmo
Robert Thomaz
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