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As Irreverentes Elas são mulheres ousadas, destemidas, muito queridas
Donas de seus próprios corpos, donas de seu destino
Mulheres irreverentes, comprometidas com a liberdade sem feridas
Resistem ao capitalismo patriarcal, deixam o homem em desatino
Morenas, loiras, ruivas, negras, todas remam no mesmo bote
Nunca estiveram à deriva, nunca estiverem fora do controle da situação
É luta selada, na qual salivam o amor que se derrama no decote
São corações ávidos, agora umedecidos pelo suor que libertará a nação
Elas são a maioria, tantas Camilas, Andreas, Claudias, Bárbaras e Dianas
Elas fazem, elas são o que querem, sem obrigações, fortalecidas na luta
Batalha legitimada pela dignidade, guerra contra tantas opressões insanas
Ah mulheres irreverentes, não desistam diante da oposição, apoiem-se e vão à disputa
És mãe, professora, doutora, e teu corpo é tua riqueza, formosura em tantas aquarelas
Chega! Chega! Chega de escravidão, de traição, de dor, de sexo cheio de submissão
Suas histórias de vida são obras, rendem filmes: mulheres, câmeras e várias telas
A boca coberta pelo batom, o salto alto reluzente mesmo na escuridão
Elas entram no palco da vida, nenhum direito a menos, no diálogo da libertação
Unidas emocionalmente, elas não querem a supremacia, apenas a real igualdade
Direito justo numa nação desigual, querem respeito, amor, carinho e emoção
ROBERT THOMAZ
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