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Deixando pedaços de mim... Ah, como eu queria andar por dias e noites sem fim...
Conhecer os pedaços que existem, desconhecidos, dentro de mim
Descobrir novas partes relevantes, nunca antes tão importantes
Partes grandiosas que acredito serem a minha melhor parte
Talvez aquela que podem dizer, indevidamente, que não se reparte
Mas não sou homem egoísta, somente aos outros, não sou nada idêntico
Ora por aí dizem que a gente deve ser diferente, pelo que sei, eu já nasci autêntico
Mas um dos pedaços de mim que eu mais desejo realmente conhecer
É aquele que reservo para a mulher que merece todo o meu amor, que há de aparecer
Mas enquanto ela se esconde, não nas penumbras ou na escuridão da vida
Eu crio poemas destinados a corações como o meu, atualmente sem saída
Mas para toda dor existe um alívio, então escrever é um pedaço meu dos melhores
Por quê? Porque gostamos tanto do arco-íris? Certamente por sua beleza e cores
E na poesia escrevemos o preto no branco quando em realidade
O que sairá do papel em muito será colorido, a encantar corações de verdade
Escrever um poema é compartilhar uma parte que é sua com um irmão
Assim digo porque todos o somos, afinal todos temos sangue no coração
Há muito eu queria escrever este poema, algo livre de amarras, de mim os pedaços
Que expressam meu desejo de partilhar meu amor, não tão importante
Em vista que todos tem amor no coração, logo somos irmãos por laços
Que nos unem, mas que nem todos conseguem perceber, fator relevante
Mas porque tantos se esquecem do amor, de quão ele nos é fundamental
Porque o amor não foi e nem será mero acréscimo da natureza, algo casual
Saiba que ele é um pedaço seu, dele, de todos e de mim, um todo sem fim
Robert Thomaz
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