Asilo Inviolável
Nos arranha-céus, inscrutados de concreto,
armaduras frígidas, a guarnecer a proteção,
compartimento exíguo, diminuto, sem céu aberto,
abrigo lúdico, descomprazente em emersão.
Vidas se moldando ao espaço incongruente,
direcionando o acreditar, num porvir diferente,
com sonhos valorizados pela realidade vivenciada,
em casa bem ampla, bonita, com piscina integrada.
Asilo inviolável, amado e sem privação,
suas luzes são vagalumes, à saltitar na escuridão,
dividindo o viver, por andares, por camadas,
fantasias lado a lado, sendo embaralhadas,
mesmo assim, sendo querido, com muita afeição,
pois, muitos estão sem tetos, e vivem em aflição.