O amor que palpita em meu coração
Jamais foi atraído pela beleza dos corpos
E não se sentiu perturbado pela insinuação
Nas promessas de momentos de prazer,
Desfrute apetitoso, mas sem sentimentos,
No realce elegante das formas curvilíneas
Sendo direcionado ao simples ato carnal.

O amor que falo, não pertence a um só alguém,
Não. Ele transita livre e jamais foi condenado
A prender-se nas malhas imprudente das paixões.

Na liberdade de um ser a fuga de poderosas correntes
Que o faria sem vida própria permanecer estagnado
Paralisando a ampliação da causa do amor universal.

Neste amor que circula e que resplandece nos olhos meus
Existe o enobrecer e a exuberância da mãe natureza,
Do brilho fulgurante e indescritível das estrelas,
Da força energética e captada que procede do mar,
Das águas límpidas que jorram das fontes,
Do verde que prospera das virgens matas,
No gorjeio dos pássaros nas manhãs ensolaradas,
Na tonalidade colorida e fascinante das flores,
Na fidelidade e afetuosidade dos animais,
Na chuva que purifica a alma e alimenta a vida,
No olhar doce das criaturas que sorriem comovidas
Sensibilizadas pelo esplendor da uma noite enluarada.

Nos ensinamentos adquiridos, aquele sentido do amor
Que tudo faz tudo realiza, na concretização do ideal.
Da sabedoria exemplar e consciente dos ancestrais
A edificação da pureza de um amor para sempre nos anais.


Elio Moreira -_ Torres -_ RS OPB - Brasil