Efuturo: MINHAS VIAGENS

MINHAS VIAGENS

Fiz minha primeira viagem pelo fascinante e misterioso Universo quando li “Cosmos” de Carl Sagan publicado em 1980. O livro deu origem a uma série de televisão com o mesmo nome. Que não se compara com o livro. Vou entender quem discordar. Entre uma imagem e mil palavras, vou preferir sempre as palavras.

Ao terminar de ler “Origens – Catorze Bilhões de Anos de Evolução Cósmica” de Neil deGrasse Tyson com Donald Goldsmith presente de um grande amigo, fiz minha segunda viagem. O tempo passou. Os cabelos agora estão brancos, mas o fascínio pelo misterioso Universo continua o mesmo.

A mesma pergunta que me fiz após ler “Cosmos” fiz agora terminada a leitura de “Origens”. Havendo outras civilizações no Universo, será que alguma delas é tão pretenciosa como a nossa, a ponto de acreditar que tudo isto que nos rodeia e fascina foi criado especialmente para nós?

No início de “Cosmos” Carl Sagan escreve que “umedecemos os pés, ou no máximo, molhamos os tornozelos no oceano cósmico”. Talvez com “Origens” ainda estamos distantes de molhar os joelhos. Seria realmente pouco se não estivéssemos falando em bilhões de anos.

A viagem de “Origens” começa no segundo seguinte a grande explosão que deu origem ao Big Bang. Como as leis da física, da quântica e os elementos da Tabela Periódica agiram para transformar o Universo no que vemos atualmente. O Universo sofre da “síndrome do afastamento”. Tudo se afasta de tudo a velocidades impressionantes.

Sabemos que Universo pode conter até dois trilhões de galáxias. E contra várias probabilidades trilhões de estrelas se acenderam em cada uma delas. O nosso sol formou-se a cinco bilhões de anos. e deverá brilhar por outros cinco bilhões antes de engolir metade do nosso Sistema Solar. Se ainda houver um Sistema solar para engolir.

O que Carl Sagan conjeturava em “Cosmos”, é realidade em “Origens”. A presença de planetas orbitando outras estrelas. Os cientistas sabem que os planetas estão lá não porque são visíveis, mas pelo efeito Doppler. Entretanto, a teoria de que o nosso sistema com uma “zona habitável fosse um padrão não se transformou em realidade.

O Universo contém todos os elementos essenciais para o aparecimento da vida. E vida evoluir para uma civilização inteligente, por enquanto, só temos a nossa de parâmetro. Entre o aparecimento, seu auge e desaparecimento qual seria o tempo de vida de uma civilização? Quantas civilizações lá fora estariam vivendo o seu auge atualmente?

Assim como “Cosmos”, “Origens” ainda deixa mais perguntas que respostas. Essa é a grande vitória da ciência sobre a crença. A ciência está sempre contestando. O prazo de validade da crença está na sua incapacidade de contestar. Só crer não basta.