Você vem razão a meu respeito!
Você tem razão a meu respeito
Faz tempo que não escrevo aqui. Então, hoje, vim para dizer algo que, talvez, sirva para reflexão de uns e incentivo de outros.
Como sempre, não terá 'ensaio' porque a vida só acontece no 'valendo'.
É comum ser perguntada sobre a maneira como escolho escrever. Sempre de forma inteira e sem fazer escala no medo do julgamento.
Vim falar exatamente sobre isso.
A escrita faz parte da sua visão do mundo. Ela não é certa ou errada. Ela é. Porque você é. As coisas são. Os julgamentos não. Eles estão. Estão sendo gerados por pessoas que não dizem o que pensam, porque talvez nem vivam o que dizem.
Escrever é documentar uma ideia e há quem não goste de documentos.
Quando a escrita é autoral ela identifica quem escreve.
É possível não ser assim? Claro.
Vivemos em tempos de agradar, amaciar, adular, aquietar o que sentimos e pensamos, e tudo isso só para ficar livre e dissociado daqueles que se expõem e do julgamento que fazem a nosso respeito.
Mas o que dizem a nosso respeito é importante para quem diz, porque, assim, o sujeito tem algo a dizer, em vez de se asfixiar no próprio vazio.
O julgado, o exposto, não deve levar em consideração ações que não o representem.
Escrever é ato de afeto, criatividade e uma dose de trabalho corajoso.
Ler é hábito de quem faz da Palavra algo interessante.
O escritor que não lê é um alienado intimista.
A liberdade está acontecendo na sua fala, não na escuta do Outro.
Quem não lê, não escuta e só analisa tem preguiça de se relacionar.
E a propósito : relacionar-se com gente preguiçosa no afeto serve para quê?