A paixão pela vida é não temer a morte; que seja física ou emocional; que seja momentânea ou eterna; porque sabe estar aqui para todas elas superar com consciência e sabedoria.
A essência da vida é a própria vida, que vai além desta existência, que supera temores e volta mais fortalecida após cada batalha, mesmo que esta tenha sido uma derrota.
Superar a morte é ir além dela, e entender que a vida se transforma através da morte; que é enriquecida através da partida, que se aprende muito mais nos dissabores que nas alegrias.
A morte não é o fim da vida, apenas um preambulo para outra vida; troca de teorias a serem estudadas; interrogações a serem desvendadas e tantas oportunidades novas de se descobrir.
Atenua-se a morte através da vida bem compreendida, se agradece pela vida na hora da morte, se o medo da senhora de negro não tivermos, se a aceitamos em suas decisões que são nossas de antes do encarne; se verdadeiramente superarmos o medo da morte mesmo estando frente a ela.
A realidade maior da vida é a morte, e nesta filosofia se aprende muito além do que se pode desejar; perde-se o receio do desencarne, o ódio dos que pelejaram contra nós e nos venceram; porque o entendimento da ultima hora é luz a nos guiar pelo túnel que não será de trevas se assumirmos todas estas verdades.
Ir além da vida é não morrer, porque após a morte tem a vida do espirito, que só se compreende quando aqui se morre; ou em quase desencarne quando se descobre as maravilhas da vida pós vida.
O desespero total na vida nos leva ao suicídio consciente ou à descoberta da verdadeira vida; porque só desta forma se chega ao êxtase da existência como espirito em evolução; na morte que renasce em sabedoria infinita.