Efuturo: CURRAL BRASILIS, Poesia social

CURRAL BRASILIS, Poesia social

CURRAL BRASILIS

“Talvez o que esteja faltando à essas "gentespessoas" brasileiras seja uma xícara de "Somos Humanos"
(Rastros de Ódio - SCL)

Nas quebradas de palácios e nas cabeças de porcos se podia roubar cavalos
Já não enforcam mais ladrões de cavalos, ladrões de democracias, de poderes
Os estábulos cheios agora são os palcos do ilegal governo traíra e usurpador
Larápios golpistas, cavalos xucros estão alojados indevidamente no poder
Com as rédeas espúrias de abutres-marajás de tribunais-gomorras
Dando rações de ilicitudes a carroças e cavalos de totens ignóbeis
As éguas odientas do fascismo de novo imperando sem cabrestos
Na sociedade pústula, na mídia-abutre, nos tribunais comprados
Com o cocho para o povo dopado sendo a mentira e a infâmia
Deles sacramentando todas as falsidades com atos bizarros

Quando cavalos que estão ilegalmente no poder escoiceiam, relincham
Roubá-los é insurgência, beligerância, insubordinação, esquerdismo
Mas o redil está cheio de estrumes de patentes, gravatas e togas
E a pelanca do golpe ditatorial é histórico e amoral dezelo público por
Encilhados animais rancorosos que pastam ilicitudes entre si
Forjando falsos atos de mafiosas meritocracias charlatãs
Com as éguas xucras berrando ordinárias palavras de ordem vis
Enquanto nas ruas da amargura proliferam ratos, hienas e chacais
E o zé povinho as vezes cérebro de penico como gado marcado aceita
As esporas, as ferraduras; o pelego sob o salve geral dos berrantes

Os cavalos hediondos nos poderes poderem ditam e roubam
Coices institucionais saqueiam e manobram o povo ferrado
E assim ignara a patuleia aceita a acredita em pompas e poses
Dos levianos no poder corrompido como um páreo comprado
Enquanto a fome e a impunidade por atacado voltam a galope
Com o povo sem saber de roubismos; sorvendo o capim da mídia
As éguas do arbítrio parindo bezerros de ouro de câncer neoliberal
Os cavalos e a cavalaria formam a ordem unida das tropas torpes
Para iludir inocentes inúteis, incautos e ignorantes, parvos lacaios
Da golpista cavalaria de asnos e jumentos de ímprobos antros palaciais

Cavalo roubando cavalo e saqueando o erário público, montando
No lombo do povo que dopado pelo fascismo se torna burro
E ainda berram um “fora isso” “fora aquilo” com perdas e relhos de agiotas
Insensíveis como uma manada dopada no covil de salteadores
Pela ração da cavalaria de ordenanças emboabas de fascistas
Iludido que resta o povo; e secas as conquistas de tantas lutas
Cavalos e estábulos todos mamando nas tetas da corrupção impune
Máfias e quadrilhas governando o governo ilícito e golpista
Enquanto os que choraram lágrimas de sangue pelo povo
São injustamente apenados, condenados. E pelo sistema ilegal presos!
-0-
Silas Corrêa Leite
Ciberpoeta, Blogueiro e Escritor premiado, membro da UBE-União Brasileira de Escritores.
Jornalista Comunitário e Conselheiro Diplomado em Direitos Humanos.
E-mail: poesilas@terra.com.br

AUTOR DE TIBETE, De quando você não quiser mais ser gente, Romance, 2017, Editora Jaguatirica, RJ