Corpo a corpo
Peço permissão poética para alterar a métrica e navegar no pequeno ensaio sobre um corpo. São tantas as definições, formas e intenções de um corpo a corpo...
Olhar no olhar como todo começo
Mão na mão para um primeiro afago
Braços enlaçados, num abraço terno
Vontades reprimidas, com um jeito vago
O som tão doce do silêncio
E uma meia luz aconchegando a sala
Um gole forte queima na garganta
Enquanto por um beijo, a voz se cala
E nesse corpo a corpo a gente vai
Rasgando a noite calma sem mistério
Sorrindo a meia altura sem receio
Na meia luz, a meia voz falando sério
E nesse corpo a corpo a gente vai
Rasgando a vida nua sem nenhum pudor
Desafiando a lei dos preconceitos
Acreditando só na lei do nosso amor.