EMBATE
Apenas a fúria descreveria o ocorrido.
A atitude veio precipitada, impetuosa por si só.
Palavras hostis transformadas em gestos.
O rancor vomitado a plenos pulmões.
A ira manifestou-se sorrateiramente.
Ninguém preparara-se para as consequências.
Os quadros quebrados e as lembranças desfeitas.
A cólera viva e a voraz violência.
Não há culpa, se não há intenção.
Há o trauma buscando o perdão.
Se há afeto, por que não empatia?
A psicose e a mente arredia.
O amor reviveu seu tormento.
Recolhendo cacos, mergulhado em agonia.
Procurou pela serenidade.
Seguiu calmo, evitando a sangria.
O dia raiou dominado pelas dúvidas.
Seria loucura ou realidade?
Sem sossego, apelou para a calma.
Em silêncio, aguardou por respostas...
Não havia motivos, apenas perguntas.
Perderam-se ontem, perderam-se antes?
Apenas as lágrimas se apresentaram.
A chegada da dor e o fim do romance.