Sexo oposto
Para quem não entende
Aposto
Em certas Bíblias
Complementar

Para quem carece
Suplementar
Para hipócritas,
Néscios egocêntricos.
Ah! Mas que falta faz
Poder cingi-la
Pela cintura, ombros,
Mãos entrelaçadas,
E andar com destino certo
Ou sem rumo!
Acompanhá-la às compras
Seguir seu faro,
Suas tentações, escolhas,
Esperando sentados
Ou lá longe pitando um pito…
Que falta poder ouvi-la
Dizemos pelos cotovelos,
Dizer e rir alegrias,
De comezinhas coisas
Falar da vida,
De que sabe,
E ensina.
Chegar ao lar
Encontrá-la
Ou esperá-la
Sabendo que virá!
Contarem
Sorverem juntos
De seu dia
Enquanto preparam
Seus pratos
Tê-la à frente
Ou ao lado
Saboreando-a
Mais que a comida.
Que incrível falta
Não a ter
Acordado, amante
Ou dormido,
Seu corpo ao lado,
Sentir-lhe o calor
Passar-lhe os braços,
Trançar pernas…

E sua cama vazia!
Acordar delirante
Refeito, esperando
Por mais um dia perfeito
Porque ela ali está;
Ao aroma do café
Que ela, se acorda primeiro,
O faz como perfume,
Alvíssaras para o dia.
Acordar refeito,
Alegre,
Preparar-lhe o café,
Se acordou antes;
Que lhe leva à cama
E recebe o primeiro
Do dia
Aquele beijo!
Podemos dela não entender,
Nem tampouco ela a nós.
Nem me cabe também saber
Se tanto lhe fazemos falta.
Não importa.

Ah! Como faz-nos falta!

FMFG – julho de 2016