Velhice
Sentada à beira da porta,
de uma habitação mesquinha,
estava uma pobre velhinha,
meditativa e serena!
Já pertinho do sol posto,
era no verão à tardinha,
que eu divisei aquele rosto,
de uma placidez divina!
Dei-lhe, alguns magros trocados,
os únicos que eu trazia,
e a velhinha coitada,
finalmente sorria!
Ouvi dizer um dia,
que, a morte enfim a chamara,
e que sem dor a levara,
para a paz que ela antevia.