FLORES, ESTRIAS, SEXO...

Vejo flores em tuas estrias desenhadas na pele
Adentrando a calcinha de renda que não disfarça
Os segredos lânguidos de mulher em gênese –
Regarei teu colo branco em líquido espermático
Enquanto vida tenho nesta hora e condição do ser
De ainda ser o homem que rega as tuas eras...
Sentir teu sal tão doce em fendas que se fecham
Nos detalhes de mulher enredando a minha boca
Em pronúncias imprecisas, deleites, gemidos...
Pisotear todas as flores em eterna conjunção
Que dura minutos apenas no íntimo contato
E ser depois rei deposto no reinado do teu sexo –
As flores sumiram, o desejo sumiu e o homem
Triste e só a contemplar o depois do êxtase...