Cheiro- verde
Cheiro-verde
Sombras, são...
Bênçãos! Ao pé do cipreste.
E, quando se presta, alentar cheiro agreste, ao leste da aceroleira, é a própria flor do amor, que se cheira, enquanto, no encanto de todos os cantos, vê-se, verde.
Ainda, em visão linda e límpida, há jardim com matiz carmim, amoreiras e, capim cidreira.
Com isso, tudo fica ainda mais bonito.
Dá até gosto. Até gosto, dá.
Parece incrível isso, mas, tem gosto, o ar.
Além, de se descender, desse sabor, o ar, também, tão bem, tem cor.
Para se chegar, à cor do ar, há que, nesse ar, toda cor, se misturar... Um misto de tudo! Branco, preto, azul, rubro; sobrepondo-se, contudo, o verde claro, com o verde escuro.
Ah! Há cor de amor, no ar!
Da cidreira, chá, tomar! Mais para lá, jatobá!
Tendo-se, um bom tempo, eis, um templo bom, para se contemplar. Para se lançar olhar: o seu e o meu. E, nessa obra de arte, lá no topo de todas as árvores: Deus!
Pousos de pombas. Repousos em sombras... Já que, sombras, são... Paz, na sua propulsão. E depois, de impulsiona-la, à alma, entrega-la. A essa entrega, amar. Depois, nelas, ficar: tanto na sombra como, na paz! Aos pés, relaxar. Junto aos pés de cajás, do pomar.
Busque bosques...
Solte-se à sorte...
Colha flores...
De frutas, se farte... Viver, é uma arte.
Viva vida. Mas, nas sombras, descanse da lida. Não há nenhuma dor tão dolorida, que não possa ser superada e pintada, e, pela cor preferida, se tornar colorida.
Quero amar, ela! A cor amarela. Que ao sol, empresta, toda a reserva que lhe resta, para que, brilhe ele, de primavera a primavera.
Também, tão bem, cheirar, o ar. E nele, ver encontrado, o aromático, Cheiro-verde. Eis que, essa planta amiga, bem sintetiza, sabor, cheiro e cor.
A se tomar, por essa medida, vai a dica: se, até o cheiro é verde, então, à abstração, aceite. Do colorido amigo, se aproveite.
Então, agora me diga: por que não tomar por esse ponto de partida e, tornar a sua vida, saborosa, cheirosa e multicolorida?