Maria Ninguém
O século era o Vinte. O ano era o de mil novecentos e cinquenta e quatro. O mês era o da Deusa Juno. Junho.
Santo Antônio já havia passado. Bem como o Equinócio do Inverno no Hemisfério Sul. Uns dois ou três dias, talvez. Mas, a faixa de vibração ainda era a do Equinócio de Inverno.
À noite, era a noite de São João.
As pessoas já haviam pulado a fogueira, – não todas – que agora havia se transformado em brasas. E, as brasas, logo mais seriam apenas cinzas. Não aquelas da quarta-feira de cinzas. Estas seriam as cinzas de São João.
Uma jovem camponesa, incomodada pela hora se aproximando. Bocejou. Decidiu que seria mais apropriado ir se deitar. Deixou o povo se aquecendo no rescaldo da fogueira e, saiu de fininho, arrastando o corpo pesado.
Esticou-se sobre o colchão de palhas. Puxou para cima de si o acolchoado de penas, revestido pelo colorido pano de chita. Assoprou a chama da lamparina, e, adormeceu com o incomodo cheiro de querosene a lhe irritar o olfato.
Do outro lado do mar. Lá pelas bandas do Hemisfério Norte, o povo, celebrava o Solstício do Verão.
Uma cegonha, dos rochedos do mar que banha a Cornuália, havia sido encarregada de transportar, em seu bico, um delicado, frágil, e, rosado bebê.
A remessa deveria ser entregue bem no meio da madrugada do dia vinte e cinco, a uma família do Hemisfério Sul. Mais precisamente a um casal letrado, que habitava um casarão na Chácara do Carvalho, bem ali, no coração dos Campos Elíseos. Em São Paulo.
Ciente da sua obrigação, e, sabedora da distância a ser percorrida, a cegonha não se fez de rogada. Levantou a alça do cestinho em seu bico, e alçou voo.
Destino -> Brasil.
Rota -> Hemisfério Sul.
Local de entrega - > Chácara do Carvalho s/nº – Campos Elíseos – São Paulo. Capital do Estado.
Tudo ia bem, e a cegonha mantendo a altitude, de olho na longitude ocidental. Voo controlado pelo seu próprio radar. Sabia que não poderia voar muito acima das nuvens. Ali era frio e o bebê não resistiria. Também não poderia voar muito abaixo de uma determinada altitude, para não se chocar com as montanhas.
Sempre voando, a cegonha deixou o mar para trás. Mas, era Inverno no Brasil, e, em meio à madrugada, as Brumas do Norte inventaram sem essa nem mais aquela, de se alastrar pelas terras do Sul.
Como não podia enxergar um palmo diante do nariz, - ou melhor, do bico – dona cegonha decidiu pousar no topo de uma frondosa árvore. Ali, ela uniria o útil ao agradável. Já que estava cansada e um tanto temerosa de perder a rota. Descansaria e esperaria as Brumas se afastarem... que mal poderia haver? Consultou o relógio, estava até adiantada...
Foi o que fez. Pousou no galho mais alto, e sem se dar conta, cochilou. O cochilo transformou-se em sono... E no sono sem sonhos, dona cegonha mergulhou.
Quando finalmente, ela acordou, se deu conta de que a noite estava por um fio. Um triz. Ela havia sido negligente, e sabia que ao retornar para o cegonhol, levaria uma belíssima carraspana da chefia, e perderia sem sombra de dúvidas alguns pontos em sua carteira de habilitação.
Assim, arvorada, a cegonha tratou de alçar voo esquecida de prestar a devida atenção à sua rota. Saiu voando feito uma doida. Estava atrasadíssima!
No instante em que os sinos da igreja de uma cidadezinha do interior, badalavam nervosos, convocando os fieis, – e, os infiéis também. – para a primeira missa do dia, a cegonha; sabe-se lá Deus por que. Se por interferência do Santíssimo São João. Ou, se por influência de São Francisco de Assis, ou, se ainda, pelos rogos da Grande Compadecida, a Virgem Maria, Mãe de Deus, a cegonha sobrevoava a cidade de Andariã.
O tilintar dos sinos da pequena igreja, a fizeram olhar para os lados, e neste exato momento de desatenção, um corvo atravessou o seu caminho. Ouviu-se o som do choque. Das asas se quebrando e o embrulho despencando do bico da cegonha feito bala de canhão. Veio diligente. Desceu perfurando o telhado de uma das casas da região central da cidade.
Era uma casa muito simples. De madeira. Tinha teto. Mas, não tinha forro. Tinha chão. Mas, não tinha ladrilho. Tinha paredes. Mas, não tinha redes.
O embrulho despencou em cima da cama de colchão de palhas, na qual a jovem camponesa havia se deitado. Lembra?
Enquanto a cegonha, e o corvo, conferiam desolados e avexados, as avarias em suas respectivas asas; um choro de recém-nascido se fez ouvir.
Nada mais poderia ser feito. A menina, - sim, porque era uma menina. – Havia sido entregue por um acidente de percurso na casa errada, da cidade errada.
Assim, nasceu a “patinha feia”. A “peixinha” fora d’água. A estranha no ninho dos estranhos. E, por ser, a “ovelhinha negra” que berrava ao invés de dizer “amém”, feito vaquinha de presépio, a menina criou asas e voou. Feito águia. Foi em busca do “seu” povo, e da “sua” cidade.
Passou muitos anos fora da cidade Madrasta, em meio aos seus iguais, na cidade Grande aonde sempre se sentiu em casa. Acolhida e Livre para ser o que quisesse ser.
Mas, nem tudo na vida é como se gostaria que fosse.
O tempo passou e aconteceu de um dia, a menina – agora não mais menina – se ver “obrigada” a retornar para a sua terra natal. Por qual motivo? Por muitos e variados motivos. Dentre eles, talvez seja possível ressaltar um pequeno carma. Não necessariamente negativo. Mas sim, algo a ser cumprido.
A readaptação à sua cidade de origem não foi nem um pouco fácil. E ainda que, se debatendo a menina – agora não mais menina – foi ficando. Procurando desenvolver o sentimento de amorosidade, para com a cidade que canta, aos quatro ventos do planeta, que é: “Andariã, a cidade que preserva a Tradição”. (Mas, por um desafeto com o Altíssimo, ela não Preserva a Natureza. Em suas ruas, as árvores não têm vez).
Lutando para garantir o seu lugar ao Sol. Juntando em um mosaico os seus cacos. Teimando em permanecer em pé, quando tudo o que recebia da vida, eram as rasteiras e os limões, - com os quais aprendeu a fazer “doces” limonadas – a menina – agora não mais menina – escreveu um livro. Mais do que apenas escrever, ela o editou. O livro veio à público em um dos momentos mais sofridos da sua vida. Mais uma perda – de verdade – entre tantas outras não menos verdadeiras. A vida de uma das suas irmãs de sangue se esvaindo... agonizando em um leito de hospital... sendo corroída por um câncer. E veio o último dia. Aquele que trouxe o luto.
A menina – agora não mais menina – sufocou a dor. Represou as lágrimas, consciente de que todos partem... E nem por isso a Roda da Vida deixa de girar.
Se o livro veio à público, ele deve ser devidamente apresentado a ele. Ao público.
A qual público? – Primeiro apresente o seu feito à sua cidade. Assim, ela o fez... A noite de lançamento coincidiu? Com a noite de Santo Antônio.
Toda cidade foi informada através da mídia local, e os “Ilustres” devidamente convidados.
Mas quem, da “nata” da cidade, iria perder o seu “precioso” tempo para prestigiar uma “ilustre desconhecida”? Inda mais uma das sem “casta”! Nenhuma autoridade se fez presente, ou se fez representar. Lançamento de um livro? Bah! Ah, não fosse os amigos e familiares, Galahad teria morrido de novo e outra vez. Na praia.
Então, o Santíssimo São João veio se achegando. De mansinho. Como no longínquo ano de mil novecentos e cinquenta e quatro. E com ele, a Grande novidade.
“A Primeira Feira do Livro em Andariã”.
Quando? No dia do Santíssimo São Pedro. Aquele que detém a chave do céu. Ou aquele que guarda a Pedra Fundamental. Tal qual um Merlin.
A nova, - não na idade – escritora, meteu o nariz aonde não havia sido chamada. E como sempre o fez, tentou abrir no Peito e na Raça uma picada na Mata Fechada. Ou seria mais apropriado dizer: - No condomínio dos burgueses.
Oquei. Confirmado. Primeira Feira do Livro e lá vamos nós.
Vamos??? Quem disse! Se o coordenador não envia nem por reza brava o organograma, você vai para aonde Santa?!
Quem tem boca vai a Roma. Em Roma se descobre os caminhos para se chegar ao Santíssimo dos Santos. O Hierofante, representante da Santíssima Trindade que é Deus Pai Filho e Espírito Santo (a pomba Divina que nada mais é do que a Grande Mãe Divina), Amém e ao Papa também.
Dia vinte e nove de junho. Catorze horas. Cerimônia de abertura oficial da Feira do Livro.
Local: Teatro Municipal de Andariã.
— Moça! É preciso assinar o livro para entrar?
— A senhora está representando alguma escola, ou algum órgão governamental?
— Não. Estou representando a mim mesma. Sou uma das escritoras da cidade...
— Ah, tá. Então, por favor, assine o livro de presença.
— Oquei.
Nome: Maria Ninguém.
Cargo: Escritora.
Assinatura: @¨...
Maria Ninguém adentrou o recinto do teatro, - antigo cine São Vicente. Das matines pós-aula de catecismo – sentou-se na primeira poltrona, da terceira fileira do meio, e Maria Ninguém permaneceu assim. Sem eira, nem beira, em meio aos Ilustríssimos, Digníssimos, Santíssimos e por aí afora, aclamados: Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores, Coordenadores, Professores, Diretores, Reverendos, Escritores – de outras cidades – salvo o jovem poeta que transformou suas poesias em música – (sobrenome de tradição na cidade).
A abertura foi pomposa. (Nem tanto assim). E o DRT Prefeito João das Contas (no qual Maria Ninguém votou) recebeu como símbolo da abertura da Primeira Feira do Livro em Andariã. Um Livro. Que mais poderia ser? Mas, tinha de OBRIGATORIAMENTE ser a BÍBLIA. Todos os demais autores e escritores, incluindo os ÍCONES da literatura Nacional foram exonerados. Não fizeram literatura. Não são IMORTAIS. Inda que façam parte da Academia Brasileira de Letras, e que por ela tenham sido decretados sem direito algum a revogações; IMORTAIS. Compreendo. Entretanto, não sei se Machado de Assis, e os demais do seu quilate compreenderam tamanha desfeita às suas Memórias, em uma cidade que Preserva a Tradição.
Ah, sim. O coral infantil deu um show. Isto deveras valeu.
A palestra da nobre colega de Maria Ninguém (colega nascida em Marí fora) foi mediana... nem boa, nem ruim.
Entre uma atividade e outra, ouvia-se a voz do locutor:
— Agradecemos a “honrosa” presença de Fulano (a) de Tal.
— Agradecemos a “honrosa” presença de Beltrano (a) de Tal e Qual.
Como Maria Ninguém era ninguém, e, assim iria permanecer, Maria Ninguém passou a mão em si mesma, e, tratou de sumir dali. Já havia visto e ouvido em demasia. Tinha mais o que fazer além de ficar perdendo o seu tempo com coisas vãs.
Mas, Maria Ninguém, é CELTA. Da Tribo dos Thuatas de Dannan. E, os celtas não levam desaforo para casa. Podem se recolher a casa para meditar sobre a estratégia. Foi o que ela fez. Ruminou o acontecido. Digeriu, e após juntar as intrincadas peças do quebra-cabeça, resolveu fazer uma única pergunta a “Quem de direito fosse”.
Por isso, no dia seguinte, saiu de casa decidida a entrar na Tenda para fazer a pergunta. “Quem de direito fosse” estava sentando em um sofá, ao lado de duas mulheres. Uma delas falando ao celular.
Maria Ninguém, não querendo incomodar aproximou-se do grupo e pedindo licença se dirigiu ao “Quem de direito fosse”.
— Bom dia. Preciso fazer uma pergunta, em particular, para você. Pode ser?
— Só um minutinho. Já falo contigo.
Compreensiva, e não querendo atrapalhar, Maria Ninguém assentiu com um gesto de cabeça e se afastou. Garantindo a eles a privacidade necessária. Mas, sem perder de vista “Quem de direito fosse”.
Entretanto, “Quem de direito fosse”, fugiu dela. Como o diabo foge da Cruz. Liso. — Bem mais liso do que quiabo. — Escorregou através da porta, feito sabão deslizando na tábua de lavar roupa.
Tinhosa, Maria Ninguém perguntou a uma das moças de camiseta preta que permaneceu sentada no divã.
— Boa tarde. Por gentileza, você pode me informar quem é a Fulana de Tal?
— Sou eu. Senta aí. – Indicou o lugar vazio ao seu lado.
— Ah, que bom. Meu nome é Maria Ninguém, escrevi o livro Tal, e, estou aqui para fazer uma única pergunta.
Maria Ninguém foi direta e objetiva:
— O que eu quero saber é: — Minha presença no Café Literário, com os escritores de Andariã e, região é; adequada?
— Porque não seria? — A moça respondeu intrigada.
— Não sei. Vim fazer a pergunta a você, porque a “Quem de direito fosse”, está se mostrando visivelmente “incomodado” com a minha presença.
— Porque você acha isto?
— Por isso... Assim... Assim, e assado... me foi dito que eu receberia um convite, junto com a programação. E nada. Até entendo a correria... se tenho a programação em mãos, foi porque liguei
— Uau. É muito estranho... entendo o que você quer dizer. Também sofro este tipo de preconceito. Mas, não permita que te desmereçam. Venha. Traga os seus livros e participe. O Café Literário é para vocês, escritores. Ah, você já conhece fulana de tal?
— Não.
—Vou te apresentar. Espere só um pouquinho.
Maria Ninguém esperou.
— Dona Fulana, essa é a Maria Ninguém, uma escritora da nossa cidade.
— Ah, sim. Nós já fomos apresentadas.
— Fomos?! — E Maria Ninguém não conseguia rever a cena, nem o raio do momento desta apresentação. Bem mais tarde. Quer dizer, no outro dia é que Maria Ninguém se lembraria daquele fugidio instante, em que ela conversava com “Quem de direito fosse” em uma das salas da Secretária da Educação, e que, Dona Fulana entrou acompanhada de dois senhores. “Quem de direito fosse” a convidou para deixar à sala da Secretaria. Isto ela se lembrou. Lembrou também que ele fez as apresentações, mas que não houve nenhum toque de mãos, isto Maria Ninguém também se lembrou.
— É! Se a senhora disse que fomos, então fomos. — Maria Ninguém nem ia discutir. — Queira me desculpar.
Nisto “Quem de Direito Fosse” se aproximou do trio.
— Ela já deu a resposta que você queria?
— Sim. Deu sim. Muito obrigada.
Fulana de Tal reiterou:
— Venha ao Café Literário.
Maria Ninguém assentiu com um gesto de cabeça, despediu-se e saiu dali. Mas, a sua Santíssima cabeça dizia:
— Melhor ficar em casa e transformar isto em um texto literário. Se você teimar em dar o ar da sua Divina Graça, neste Café Literário, é bem capaz deles te confundirem com a Santa, mais do que apenas Santa. Santíssima e Esturricada Joana D’Arc; e, como a praça da catedral é nua de árvores, não há nenhum perigo de as árvores serem incendiadas com a fogueira que eles podem acender para te queimar. Em praça pública. Afinal decorridos tantos e tantos anos, Andariã, ou melhor, as pessoas que nela habitam, prosseguem sendo as Guardiãs da Tradição.
Da pequenez mental. Do retrógrado. Do “TEMOR” A DEUS. Todo Poderoso e Onipotente, Onipresente e Onisciente Senhor dos Exércitos. Do medo do Purgatório e do Terror do Santo Fogo do Inferno. Sim. Porque se Deus a tudo criou, também é Pai do Diabo. — Não tem como ser de outra forma. — Então o Fogo do Inferno tem de ser Santo. Santíssimo.
A cidade preserva com unhas e dentes, a Tradição da “Burguesia”. Mas, o pior é que a “burguesia” desta cidade é uma “burguesia” burra. Tapada. Composta por coronéis, senhores da soja, e da cana de açúcar, e não mais dos cafés. E Café Literário então? Nunca nem ouviram falar... que diabos vêm a ser isto?
Por isto, Maria Ninguém descobriu o que já sabia: “Mãe é Mãe” e “Madrasta é Madrasta”. E com a confirmação do que já sabia, Maria Ninguém decidiu que já passou da hora de bater as asas e alçar voo.
Ah, sim, decidiu que vai mandar a conta para a Dona Cegonha dos mares da Cornualha. Como? Via Coruja Branca do anoitecer.
Você pode até achar que Maria Ninguém se fechou em Copas e deixou pra lá o tal do Café Literário. Não deixou. Remou contra a maré. A egrégora é forte. — Afinal Deus tem poder. — Atravessou a plataforma voando e saltou para dentro do trem, em movimento.
E, lá estava a Bíblia, devidamente aberta sobre uma mesinha, em uma clara, aliás, claríssima alusão, de que ali, Pagão não tinha vez. Portanto seria bem mais prudente para Maria Ninguém passar a mão em si mesma, e, sair do meio daquele fogo cruzado, composto por católicos ferrenhos e evangélicos fanáticos, antes que fosse tarde demais.
Mas como Maria Ninguém é amiga de infância do seu irmão, que dizem ser o Único Filho de Deus, Jesus, o Cristo quem se atreveria a não entregar o microfone em suas mãos, quando a sua hora de falar chegasse? Se o Café Literário era para os escritores? Ninguém faria isto, até porque ela já havia ameaçado escrever um artigo para os jornais. E vai que escreve mesmo? A mulher parece doida! Como é que fica?
O que ninguém sabia, era que Maria Ninguém, iria pegar aquele Microfone para descer a lenha no povo, mas puxando-os para a realidade. Aquele não era o momento de arrebanhar fieis ou infiéis para esta ou aquela religião, ou seita, ou crença. Aquele era o momento do livro. Aquele era o momento de se conscientizarem de um único fato. Uma Nação só é de fato Livre quando é composta por pessoas instruídas, esclarecidas. Por pessoas que leem. Que são capazes de discernir entre o que é bom e o que é ruim. Por pessoas que até respeitam o Criador, mas, não o temem. Como não devemos ter medo dos nossos pais.
Maria Ninguém procurou por todos os meios fazer com que as pessoas se dessem conta de um único fato. Fato este que mudaria radicalmente o destino desta cidade burguesa:
— Vocês têm consciência do que isto representa e do que representará daqui a quatrocentos anos? Vocês têm consciência da Enormidade do significado desta sementinha que foi plantada no ventre desta cidade? A Primeira Feira do Livro em Andariã!
Quem participou da mesma? Todos aqueles que colocaram a ideia em pratica. Todos aqueles que deixaram a sua marca registrada no decorrer do evento. E isto Maria Ninguém o fez.
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