Depois do Tempo há à Alquimia e depois da Alquimia Há o que há fora do tempo...
Eu calei-me no momento surdo
eu morri e revivi para escrever
essa passagem desse conto vero
que não morri pra te fazer sorrir...
Eu cantei encantamentos mágicos
só pra fazer chover no teu jardim
eu declarei-me ao grão-susto cósmico
só pra você não ter que partir...
E foram dias em ampulhetas planas
e grãos de areia sem ter onde ir
e foram mortes ditas vidas livres
depois de um tempo que inda não foi...
Eu calei-me e não morri
o tempo teve pena de mim
deixou o Poeta encontrar sua Alquimia
e morrer diariamente uma vida sem fim...
Jonas R. Sanches
Imagem: Gilberto Aranha Andrade