CONCLUSÕES
Quando eu partir, dizendo adeus,
Não quero olhar em teus olhos
Não vou nem mesmo te olhar,
Só para não chorar também.
E enquanto for me afastando,
Terei que conter toda lembrança,
Melhor caminhar de olhos fechados,
Para não a imaginar em cada esquina.
Terei que trancar a garganta forte,
Prender no peito a vontade do choro,
E no mesmo compasso que me afasto,
Irei rezando baixinho para te esquecer.
Não sei o quanto e por quanto sofrerei,
Sei que o mundo ficará mais vagaroso,
Os dias mais lentos e o esquecimento inerte,
As noites serão tormentos, os dias angústia só.
Melhor então deixar de supor a partida,
Acolher-me para sempre em teu colo,
Continuar assim te querendo sempre mais,
Sofrer para quê, com conclusões desnecessárias.
EACOELHO