UNICÓRNIO ALADO
Para onde me levas
oh! unicórnio alado,
de asas ligeiras...
Hoje,
não quero voar sozinho
no teu dorso aconchegante.
Hoje,
quero me aninhar
como um menino carente,
no colo do meu amor.
Hoje,
não quero ventos,
apenas brisa...
Hoje,
não quero o brilho da lua,
apenas o faiscar das estrelas...
Hoje,
não quero a canção de uma chuva caindo,
apenas o cheiro dos cabelos dela
ainda molhados... úmidos.
Hoje,
quero essa noite
toda para mim,
assim poderei dar
essa noite toda para ela:
minha Lizz,
minha apaixonada,
dona dos meus desejos.
Vem...
vem comigo,
voar em nosso
unicórnio alado.
Faremos amor
nas montanhas,
ao lado de fogueiras
acesas.
O que seria
desta noite,
sem beijos molhados...
sem sussurros de issssssssss...
sem línguas safadas...
sem caldinhos de gozo... escapando
por rachinhas e rasgadinhos.
Arderemos de tesão
tanto quanto elas,
e ainda estaremos ardendo
quando as fogueiras
já forem apenas cinzas.
Fugiremos para longe
além do tempo
e do espaço.
Até aonde as asas
do nosso unicórnio alado
ousar nos levar.
Ouviremos canções celtas,
enquanto nossos
corpos se sugam
numa sinfonia
interminável de amor...