CUIDADO COM HERDEIROS
CUIDADOS COM OS HERDEIROS
Juliano acabara de completar 21 anos de idade, e a partir daí poderia desfrutar da herança deixada pela família quando do falecimento de seu pai.
Até então vivia com sua tia Fausta, irmã de sua mãe, que o criou dentro de rígidos padrões para aquela época.
Desde muito jovem o rapaz se interessou por Lia, a filha do prefeito da cidade, um homem ambicioso que não se contentava com sua riqueza e nem com o poder, ele queria mais, e pretendia usar sua única filha para isso. Apenas deixaria a moça casar-se com um rapaz que fosse capaz de no futuro juntar fortunas e poder aumentá-la cada vez mais.
Quando Juliano o procurou pedindo para namorar Lia a sua filha, ele foi categórico.
_Só permito que namorem se você conseguir dobrar a sua herança, eu disse dobrar.
Juliano acatou a ordem e prometeu fazer isso o mais rápido possível, pois já estava apaixonado por Lia e não queria perder a sua amada.
Gastou uma pequena parte de seus recursos montando uma enorme fabrica de Tamancos de madeira, o investimento era seguro, pois todas as mulheres usavam esse tipo de calçado fosse para trabalhar em casa e os mais sofisticados até mesmo para passeios.
Naquele mesmo ano a fabrica foi desativada, já que no mercado era lançado um novo tipo de calçados, e estes eram usados por ambos os sexos a ALPARGATA.
Juliano ficou agoniado, Lia, apoiava cegamente as exigências do pai, e apenas flertavam vez ou outra, namorar só depois de dobrar sua herança.
Da mesma forma Juliano foi abrindo e fechando suas indústrias quando partiu para fabricar:
Trilhos para bondes, Câmara de ar para pneus de automóveis, Fichas usadas em orelhões, Alfinetes para gravatas, Piteiras para cigarro, Penas p/canetas tinteiro, Espiriteiras, Pager, Aparelhos de fax, e seus últimos recursos ele usou para comprar linhas telefônicas, pois o aluguel destas renderia um bom dinheiro. Com a chegada dos celulares, seu ultimo negocio ruiu, passou a contrair dividas para seguir tentando, mas havia perdido até seu credito, ninguém mais lhe emprestava dinheiro algum.
De sua gigantesca fortuna apenas lhe restava um pequeno sitio, que ele havia abandonado completamente e este já estava inviável para qualquer atividade agrícola, mas ali que Juliano foi esconder-se de seus inúmeros credores, dentro de uma pequena gruta.
Pretendia ficar escondido por lá até as coisas se acalmarem, seus credores haviam colocado jagunços em seu encalço, assim ele levou água e comida para o refugio que durassem uns 15 dias.
Mesmo sem esse costume Juliano levou bebidas alcoólicas para tomar, pois seus pensamentos lhe impediam dormir rapidamente, e quando dormia em sonho era perseguido pelos jagunços.
Na terceira noite, já bastante embriagado Juliano se deita no chão da gruta que lhe dava abrigo esta ficava dentro de suas poucas terras, em um transe ou delírio ou até efeito da bebida que tomara em abundancia, recebe ou pensa receber a visita de um senhor que lhe lembrava de muito seu avo paterno que lhe diz: _ Juliano, crie com muito carinho essas abelhas raras a espécie delas é OSMIA AVOSETTA, originarias do Iran, estas não vivem em colmeias, mas sim em ninhos feitos com pétalas de flores coladas com lama, deixe que elas produzam mel e própolis com néctar retiradas de rosas, jasmim, gardênia lírio branco, narciso, angélica, cravo vermelho flor de macieira e lavanda.
E o jovem acorda ou volta a si imediatamente, mas ali estão às abelhas como na visão que tivera, e ele passa acreditar quando vê o ninho feito em pétalas de flores.
Ainda meio incrédulo, mas por absoluta falta do que fazer cuida muito bem das abelhas, mas não sabe onde encontraria as flores indicadas. É quando se lembra de que seu amigo de infância Anselmo havia voltado à cidade e que em sua antiga fazenda plantara muitas flores.
Na calada da noite procura por Anselmo, conta todo seu infortúnio a ele que imediatamente avaliza ao amigo em um empréstimo Bancário suficiente para liquidar todas as suas dividas.
Passam produzir mel e própolis no velho sitio de Juliano.
Certo dia, sentados no alpendre de uma nova casa ali construída, Anselmo pega um pouco da própolis que produziam e o leva à boca. Imediatamente tem uma forte reação, mas imagina ter sido apenas mero acaso. Na noite seguinte repete o ato e como na anterior sente o mesmo.
Ambos procuram um laboratório, solicitam uma analise da própolis e descobrem que acabavam de criar um potentíssimo afrodisíaco para ambos os sexos e sem nenhuma contra indicação.
Desta forma, Juliano dobra a sua herança e Anselmo triplica a sua.
Lia, então, procura pelo seu antigo pretendente, e este a informa que irá se casar com outra moça que sempre lhe apoiou.
FIM
Por – Tito Cancian – – italianodeoderzo@hotmail.com
Este conto é um dos núcleos da novela
A CONSEQUENCIA CRUEL DE UM SEGREDO
Em tempo: As abelhas aqui citadas “OSMIA AVOSETTA” REALMENTE EXISTEM, fazem seus ninhos com pedalas de flores, vocês encontrarão mais informações buscando em sites.
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