DEPRE
DEPRE
A alma padece,
O coração chora
O eu se esconde
Não se sabe onde.
O corpo estremece
Fica ferido
No escuro do quarto
A procura do nada.
De tão doído
Pensamentos cerram a janela do espírito.
Lágrimas não escorrem
Tudo é malfazejo,
Já foi-se o desejo
Da vida florida
Que um dia existiu.
Se foi a esperança
Nem lembrança
Ressurge no íntimo
Morto, num corpo com vida
Que constrói uma dor.
Sentimentos não existem,
Uma alma estremecida,
Chora, luta,
Pela falta da altivez da vida.
No contínuo beiral
Do coração que lamenta
E da alma que estremece,
Permanece a depressão
Vagando sempre sem direção
Estraçalhando um corpo são...
Alta Schmidt