VAMPIRISMO
A poesia me consome
inesgotavelmente,
egoísta como a úlcera
que vampiriza o corpo
para sobreviver,
traiçoeira como o câncer
que degenera os tecidos
e só se mostra
quando já é muito tarde
... me faz andar em círculos
na minha própria falta de
sentido.
(1990. Direitos reservados.)
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