A QUEM NÃO AMA
Teu peito é como um rio seco, sem vida,
- o coração, na dor, fossilizado;
sonhos desfeitos, frágeis ilusões
desmentidas naquilo que viveste.
Olhos fechados, vidro estilhaçado
Quando a manhã começa, tua força
é só lembrança – jogo de palavras
que encobre a covardia e o desencanto.
Tanta tristeza, velhos pesadelos
que te rondam as noites, ameaçando
a pouca sanidade que te resta ...
Da magia quebrada, mesmo os cacos
já não encontras, tudo é solidão
- E o tempo, em desalinho, está perdido ...
(Direitos reservados. Publicado no site www.williammendonca.com em 04/10/2007)