VÔO INTERROMPIDO ...
Ave frágil, coruja desconexa,
procuro o ninho a toda volta, triste
- Interrompido o vôo que se sabia
para que outra rota se criasse.
Do horizonte, ressurgem passageiros
de algum barco perdido, flor solar
intrometendo luz contra a neblina,
tempos vários que formam um só tempo ...
Tenho visões, num transe incontrolável
que só aos poetas mortos se permite,
e não mais reconheço meu reflexo!
Pergunto ao vento como tudo acaba ...
- Então é assim!? Nada mais que brilho,
lampejo tão veloz que não se conta?
(Direitos reservados ao autor. Parte da coletânea "Alguns sonetos que fiz por aí ...", disponível em e-book. Download gratuito em http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2570211)