MAR DA VIDA ETERNA
Se, do horizonte pleno de gaivotas,
já posso ver o tempo – que parou
nesses cantos – pressinto o desencontro
dos barcos, à deriva, com o porto.
Mas, qual se, destas nuvens, um espírito
divino se tornasse vento, as velas
encontram o caminho, na certeza
de que o mar sempre leva à terra firme.
E lá, são caravelas e galeões
que reencontram o rumo, são navios
de guerra que conhecem Paz, enfim.
São pesqueiros fantasmas, velhos náufragos
e criaturas marinhas, esquecidos,
que se unem neste Mar da vida eterna ...
(Direitos reservados ao autor. Parte da coletânea "Alguns sonetos que fiz por aí ...", disponível em e-book. Download gratuito em http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2570211. Soneto musicado por Ricardo Mann)