DUELISTA
Manejo espadas em meus olhos, trilho
duelos intermináveis por temer,
apenas, o que emerge de mim mesmo
e cauteriza os sonhos e asfixia ...
Visito o limbo e conto velhas fábulas
às sombras que me envolvem e acompanham,
enquanto me convenço de que sigo
seguro em armaduras e disfarces.
Iludo o tempo e refugio o passado
nas pegadas compostas ao acaso
pelo andar sinuoso dos relógios.
Sou tão vasto em mim mesmo, que esbravejo
e não escuto - e desafio desejos
que não se rendem, com poesia e escárnio!
(Direitos reservados ao autor. Parte da coletânea "Alguns sonetos que fiz por aí ...", disponível em e-book. Download gratuito em http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2570211)