Como engolir ilusões
Quem é que não tem e gostaria
e também temeria a chegada,
de um amor que fermentasse
como bolo no forno,
massa de pão,
crescimento de criança...
Eu queria!
Uma amor que a mim se misturasse
e eu me lambuzasse
como doce brigadeiro...
Que tivesse cheiro
não de comida domingueira,
mas de limoeiro.
Amor azul bebe,
da cor do céu de verão,
da ilusão primeira,
salpicado de estrelas
das nossas constelações...
Amor novidade, não reprise,
outra vez o conhecer
dos imaturos deslizes.
É querer demais!
Mas cada amor que inicia
tem o sabor da cocada
e a sede que ela dá.
Por isso, mato primeiro a sede
e engulo junto a ilusão danada
Asia sempre... mas melhor assim,
nem o doce nem a calda.
Água cura;
É mole e fura e vasa.
Suzette Rizzo_ June 18, 2007