Beirando infernos
Vou
beirando a encosta do inferno,
sob tempestades de fogo,
fincando espinhos nos pés
abrindo a força o caminho.
É essa a vida que eu levo
ou a morte que atravesso.
Prossigo,
persisto e não desisto.
Do outro lado,
terei aconchego e abraços.
São sonhos vigilantes,
barreiras constantes
esperado entrelaço.
Navego
golfando detritos amarelos,
distante da calmaria
do azul ao redor da terra.
Confio, porém, no amanhã,
na terceira camada mais fofa
do mundo paralelo.
Suzette Rizzo _ May 03, 2008