Reconheço-me frágil,
acolhendo no peito de bom grado
a primeira alma solidária
que surge.


Reconheço-me
transparecendo ares solitários,
convencendo-me merecedora
deste destino


as vezes tão inquisidor de mim mesma,
outras vezes questionador,
desta vida ter sido ou não
voluntária.


Reconheço-me dotada de algo bom
que traduzo em versos,
reconheço-me inicio de escritor
quase poeta.


Reconheço-me amante do céu
e do mar e das praias,
talvez nascida de alguma
estrela portuária.


Aceito ser como sou, sofrida...
só não admito ser controlada
por gente satanizada


Só não aceito que as minhas certezas
sejam mal vistas
e eu mesma me obrigue a viver calada.

Suzette Rizzo_October 16, 2010