A útima poesia
Nesta manha a vida cheira mal
e a lágrima enoja, assim puro sal...
tenho a pele ressecada
e sufoca-me saber que existo.
Estou tropeçando em pensamentos
infelizes,
cambaleando ridículo,
escorregando depressa
não sei pra qual abismo.
É... Estou apagando o céu a porrada,
exportando meu coração aos infernos
e as duas faces da minha sombra
transpiram desencantos...
Acabou!
Resta rasgar-me em garras solares,
eletrocutar de vez camaleões interiores...
Estou vomitando a inspiração,
ilusões,
você.
Suzette Rizzo_98