A tua saudade
Não foi teórico,
meus nervos em frangalhos
e a alma aos pedaços,
todos esparramados,
pela sarjeta do meu destino.
Foi concreta a falta de sono,
a crueldade do abandono,
real o desassossego
e reais demais
os rasgos em meu peito.
Não foi simbólico ser brinquedo
do teu ser acovardado,
perante a vida decrescida,
que o teu corpo um dia escolheu...
mas, quem pagou fui eu.
Agora penso, na persistência mal sucedida,
de fazer bem a tua alma
inteiramente perdida.
Porém, caminhastes por teus pés...
livremente, como bem quisestes
e era preciso no entanto, que te regenerasses,
por tua própria coragem.
Um dia, meus valores serão compreendidos,
ressurgidos das cinzas,
e saberás então, o quanto se entrega
um amor, se verdadeiro...
E sei, compreenderás nesse dia,
quando eu fizer parte da tua saudade.
Suzette Rizzo_December 01, 2005