A quem será que visto?
A quem será que visto,
por quem será que escrevo?
Meu poema adentra este labitinto
e minha luz eu sei, inda é tão parca,
pouquissimo além de instintos...
Quem estará nesta alma
ditando versos aos meus dedos!
Certeza tenho
que do além de onde vim inda criança,
aqui amadureço.
Percebo a minha direção,
pois minha alma nasceu poeta.
E fujo sim do artificialismo,
das almas iguais as pedras.
Quem será que fui lá atrás nesta estrada!
Eu gosto do mar e dos verdes,
de estrelas e luas azuladas,
gosto das aves,
dos animais sempre crianças,
das luzes das cidades,
dos campos, dos livros,
dos filmes, dos homens inteligentes,
da cultura de cada um,
do amor de Deus dando chances
a multiplicação nos mundos
às almas decentes.
A quem será que hoje visto
que me questiono tanto?
Sei apenas que pensamentos vários
se entrelaçam e chegam ao coração:
São idéias de quem vesti, visto,
vindas na voz dos ventos
e do meu anjo guardião.
Suzette Rizzo _ September 09, 2010