Carta ao leitor XXVII (T2906)
Bem, leitor, estou aqui novamente, implorando, pois sei que quando apareço pensa que lá vem o chato novamente, mas como disse, venho implorando que me escute.
Talvez não esteja totalmente certo em meus pensamentos, mas quem realmente pode afirmar que está certo cem por cento?
Mas aqui não coloco meus pensamentos, que são um tanto conturbados, e às vezes um tanto egoístas, eu quero colocar minha indignação diante de um mundo mutável e sem escrúpulos naquilo que lhe convém.
Qual a minha indignação, já vejo, meu amigo de leitura, que consegui aguçar sua curiosidade.
Fica aqui registrado meu inconformismo, ou pode chamar como quiser, com a falta de palavra das pessoas e como arquitetam as coisas para levar vantagem, e quando envolve uma pessoa que temos como um pedaço seu você se vê obrigado a ceder, e logo a verdade vem à tona e descobrimos que tudo que vimos se torna mentira e nos vemos colocados em segundo plano, e o que é pior para mim, pelo menos, mais uma vez.
E dentro de mim acabo corroendo uma angústia, que sei que não é bom, muito grande, algo que não consigo explicar em palavras, como se eu previsse um futuro nada bom, uma grande derrota para meu ser, mas infelizmente a vida é assim, temos que aprender que ela tem desvios, mudanças, que muitas vezes temos que aceitar, ou aprender a conviver com estes desvios, coisa que talvez ainda não tenha aprendido e que um dia espero vir a aprender.
Alexandre Brussolo (23/12/2016)