Tragicomédia
Melhor ser residente da rua da mancebia,
visto que as outras todas são duvidosas de caráter! ...,
embora vestidas de pudores.
Gregorismo!
Mas não tanto.
Não me atrevo a tal blasfêmia.
Mas vejam como se vendem!
Tem a torpeza da injúria reinol.
Fragrância de colônia seiscentista...,
mal cheirosa, tanto quanto o mais renitente bolor.
Mofado mais que os versos de Ovídio!
Herança pútrida dos nossos algozes,
com asas de anjos!
Com falas de alfenim...,
mas que faz corar a mais puta das putas, de cabo a rabo.
Gregório tinha razão!
Ter parceria com moçoilas mal afamadas,
tem suas virtudes.
Compactuar as sandices de politiqueiro,
é que são elas!
Carecíamos de ser salvos pela catequese!?
Podia muito bem viver nossa nudez, ainda,
e andarmos com a ingenuidade
das nossas próprias pernas!
Carecíamos de fidalguia!?
Carecíamos despertar, tão bruscamente...,
e sermos mergulhados nesse poço de malidicência!?
Afogado em corruptelas!?
Carecíamos de enumerar pudores,
pela pudicícia da devassidão!?
O que é devasso!?
O lascivo, ou o corrompido!?
O impudico ou o distrair da pátria mãe,
subtraindo em tenebrosas transações,
o gozo dos incautos!?
Na atual circunscrição, carecemos de vergonha na cara,
muito mais que o óleo de peroba,
que está a polir caras de pau;
santos do pau oco;
e outros tantos toma lá, dá cá!