A peleja do dia com a noite
A manhã se espraia!
Um sol frouxo e cálido me abraça,
tal como abraça a todos e a tudo!
Difere da dama-noite,
que a tudo muito cingia,
com sua frialdade singular:
embora se esforçasse em ser convidativa.
Complacente, essa luz que se propaga:
a antemanhã me abraça delicadamente
e me deixo embalar pelo morno alvorecer.
A escuridade da noite se foi,
em agoniado lento e reticente!
Refletia incerteza, no ir-se,
mas foi em boa hora, ainda que com queixas.
Não causou estrago qualquer,
com sua pretidão sem termos,
mas deixou um tom nostálgico
para os notívagos.
Imorredoura, essa acareação de egos!