É a vida! Fazer o quê?
A vida, por mais insipida que pareça,
tem a doçura de um existir ímpar:
seja ela cheia de altos e baixos,
seja de muito melhor gosto...,
é a vida!
Mesmo sendo vento,
por vezes forte, por vezes fraco...,
cabe sempre no envolver de um abraço.
É a vida!
E o que é que ela é, senão um enredo?
Um emaranhado de existires,
tecidos como renda de bilros:
constantes cruzas ou entremeados de fios?!
Se somos sopro gélido, às vezes,
não quer isso dizer, que seremos sempre.
Não quer dizer que somos morbos:
por mais que sejam as mazelas,
por mais que sejam os achaques,
por mais que queiramos desdizer...,
e esconder o ponto que nós nos perdemos...
É a vida!
Calcadas em esperanças, nunca vãs,
mesmo quando ínfimas, essas expectações,
ou quando dorme todo o resto de crenças
ou isso que é “fé”, se acaçapam em mistérios!
Fazer o quê?!
É a vida!