Mate do louco
As forças que não entendemos
e o medo que tanto temíamos,
mais os entreveros que nos é de direito,
somados e ponderados na balança do tempo,
nos deixa azoados e abafado em brumas!
Um viver apócrifo, se faz jus à infâmia,
dourado como pílula de mal-estares,
pra fazer parecer algo rútilo e bem alvitrado...,
mas no fundo é pura e deslavada retórica.
Tudo se desvirando em algo torpe!, de certo.
Um jogo deveras raro e complexo,
mais que o “mate do louco” do xadrez.
Nos resta a raiva mudamente contida,
no intento de passar batido essa ignomínia!
Fazer o quê?
Morrer de raiva?, de ingênua raiva?
Pois mesmo se com raiva;
acho que mais ainda se com muita raiva,
fomos postos em xeque, indo para xeque-mate!
Fazer o quê?, mais exatamente, o quê???