Se não me falha a memória...
Você é uma catalisadora!
É capaz de precipitar desprazer
sem com isso nada sofrer.
Eu lhe decepciono; você me decepciona;
o sol se põe, um novo dia começa.
Estás a contemplar o desespero
que agora me vejo?! ...
Na tentativa de fugir das sensações,
de fugir de você...,
mergulhei no fel da desesperança.
Uma série de eventos que tanto a emoção,
quanto a lógica, me falharam!
Mas minha almofada de desenganos,
na constante da minha atuação,
na mais cristalina vertência,
foi exarada no tempo e na emoção.
E agora o tempo me falhou!
A coerência me falhou!
A emotividade também me falhou!
Não mais tenho bilros para tecer,
mas preciso voltar à trama da renda.
Esse pode ser o momento de decisões!
Mas não estou pronto!
Não estou maduro tanto!
Entretanto não venha tentar me entender.
Eu devia ter tentado qualquer outra coisa! ...
E tentei!
Meu tentame até que se aprumava!,
mas a coerência me faltou!
E o tempo, mesmo desconexo, me faltou!
A sentimentalidade também me faltou!