A calma da noite afligida
Eu, em pleno e duro silêncio,
ouvindo o silente tempo passar!
O vento contraponteia sem soprar.
Uma noite plangida; escuro breu;
eu, emudecido, persisto impávido.
Me arrebento em paciente calma
na fleuma da cruviana que não vem;
me estardalhaço em pulsar mudo,
de um coração que não mais bate;
ergue-se um debuxo de mim mesmo.
Um retrato cravado na parede da sala,
me representa em tosco croqui.
Cores lastimosamente falsas,
traços tortos que me lembra garatujas...,
bosquejos!, nada mais que isso.
A pigmentação do negror da noite,
me entontece e me dissolve em breu.
Nada mais que ilusionismo, essa visão.
Por mais que acenda eu os candelabros,
o que se mostra é tão somente o vazio!
Ao longe os coqueiros dançam!!!