Efuturo: Imagine

Imagine

Que todas as coisas
sejam simples fantasias,
idealizadas pelo óbvio;
misturas de igual preceito
como as cores de uma palheta
manejada por um Matisse
ou um Gauguin ou um qualquer,
mas que tenha paridade nas cores!
Que tenha vivacidade nos traços!
Que seja uma obra prima!

Nua e crua, a real fantasia
tem recanto de sedução
e seduz, caçando o desejo
e desaguando no carnal,
qual alegoria debuxada
por artista que prima a perfeição:
pula da palheta de Matisse
ou de Gauguin..., mesmo Van Gogh...,
arte viva em pinceladas fortes;
corpo desnudado até o íntimo!

Entre nas minhas loucuras
e se lambuze em lascívia
e se desmanche em gozos
e se conceba concubinada
e se imagine em meus lençóis
manchando o branco com sua seiva;
marcando espaço em minha cancha
com seu corpo nu e ardente!

Imagine..., mesmo não sendo fático!