Efuturo: ALMAS SURDAS

ALMAS SURDAS

O vento que passou por mim,
era uma aparição que se movia
porque esperava dizer algo,
mas eu respirava o ar marinho
da simplicidade amorosa.

O vento que passou por mim
era uma revelação
da vida humana que se divide entre o obrigado e o renascer entre a morte e o necessário. Contudo, não o escutei
ligado que estava ao mar que não exagerou ao me aproximar da suavidade amorosa.

O vento, que se espalhou por mim
era o uivo impactante
das relações entre mundos
que desaparecem quando é imperativo
surgir novamente.
Quantas pretensões
e a minha alma surda,
apenas sentia do mar,
a inocência amorosa,
frágil em seu jeito de marola;
caso eu venha a dissipar-me,
sei que percebi o lance único
do carinho oceânico.