O poder do não
Vou ignorar sua presença;
estou olhando para um espaço vazio!
Não posso fazer mais que isso,
no atual momento que nos abicha.
E acredito que esse “atual momento”
há de perdurar por um “instante infinito!”
Entusiasmado; faminto; ávido; instigado...,
assim te vejo, mesmo sem por inteiro ver.
Esposando o nada, suponho, dado a iminência.
Iminentemente iminente, disso estou certo!
Disso sei e não gosto do que me parece ser.
Estou me valendo do poder do não;
o “não positivo”, sendo mais exato;
o “não” de maneira correta e eficaz;
o “não” como simples solução
para esse impasse que me faz ineficaz
e sem ter clareza do modo de me esquivar!
Mas isso tem sentido lógico?
nessa circunstância, acredito que sim.
Claro que tenho dúvidas e são muitas.
Mas esse “não” é “não” consubstanciado;
materializado; corporificado; consolidado.
Um “não” que é “não” e ponto final!