O Encantador de Burros
Pedro foi incumbido de cuidar dos burros da família!
Rebanho de bom tamanho, com burros muitos, de muitas distintas facetas, no tocante ao biótipo, mas burros..., apenas burros!
Castos, simples e inocentes burros!
Imaginou Pedro, ser fácil equacionar o pastar da animália: burros nada pensam; burros são fáceis de serem conduzidos; burros são colocados a pastar e pouco trabalho vai ser: apenas observá-los pastar!
Na pastaria Pedro se surpreendeu, pois que cada burro tinha vontade própria. Ainda que pouca massa craniana, cada burro fazia sua própria escolha e, óbvio que cada um deles tinha preferência quanto ao tipo de pastio; quanto à qualidade do que avaliam o ideal a pastar.
Entontecido por tanta diversidade de pensamento muar, Pedro imaginou um jeito de ser menos trabalhoso cuidar de tantos muitos burros.
Pedro juntou uma grande quantidade de capim em um único ponto e deu-se ao trabalho de encantar os burros, com afagos, boas falas e punhados de capim diretos nas bocarras.
Aos poucos Pedro juntou a burrama em um único ponto do pasto. Lhes dava punhados de capim e lhes fazia agrados, sempre com falas mansas e pôs cabresto, burro a burro: todos foram encabrestados e empencado em um único grupo.
Os burros, encabrestados em pacote único, atados uns aos outros, cegamente, seguiam Pedro para onde eram puxados e quando era da sua vontade.
Assim, Pedro se regala à sombra, ao tempo que os burros pastam felizes, a mercê da veleidade de Pedro, que encantou os burros e encontrou uma maneira de os fazer seguir ordens sem nem perceberem que são ordens.